Enviada em: 21/07/2018

No poema "O operário em construção", o autor modernista Vinícius de Moraes valoriza e ressalta a importância do trabalho para a base da vida humana. Hodiernamente, apesar de possuir um significativo papel social, os trabalhadores encontram-se, devido às crescentes recessões econômicas, sujeitos ao desemprego, fato que fragiliza as relações econômicas. Frente a provectos fatores no que concerne ao progressivo avanço tecnológico e a flexibilização no mercado capitalista, a problemática instala-se.    Em uma primeira análise, é válido salientar sobre a desvalorização de aplicação estatal na profissionalização do trabalhador. Nesse sentido, no século XVIII, com a Revolução Industrial houve a substituição das manufaturas por maquinofaturas e os atuantes no sistema produtivo ficaram alienados frente as mudanças - como fica evidente no filme "Tempos Modernos". É notório a persistência dessa adversidade diante da evolução tecnológica constante, o não estímulo a especialização faz com que os indivíduos tornem-se obsoletos e percam seus postos de trabalho, o que culmina nas altas taxas de desemprego estrutural e contraria o direito ao trabalho presente na Constituição de 1988.   Sob a perspectiva de Karl Marx, o capitalismo aliena o empregado a medida que ele não compreende o seu papel como oprimido através da sua exploração. Além disso, o filósofo ilustra, também, as consequências negativas dessa ideologia de trabalho, a qual visa somente ao lucro em detrimento das condições financeiras, psíquicas e sociais do trabalhador. Nessa perspectiva, a empresa se torna flexível, terceirizando parte de sua produção para outras, o que quebra a rigidez das leis trabalhistas, conforme assegurada pela CLT. Assim sendo, em qualquer momento de recessão econômica, o primeiro a ser demitido é o funcionário e não o patrão, aumentando progressivamente o trabalho informal. Por conseguinte, a busca incessante por lucros pelas entidades empresariais intensifica o desemprego.   Urge, portanto, a tomada de medidas para resolver o impasse. Com o propósito de minimizar tal problemática, o Ministério do Trabalho deve interferir no modo de produção das grandes corporações por meio do estabelecimento de fatores que promovam o bem estar da mão de obra dos empregados, como auxílios desemprego e saúde, bem como a diminuição dos impostos pagos pelos empresas em cima de cada funcionário. Além disso, O Ministério da Educação junto ao SEBRAE deveria por sua vez, desenvolver cursos gratuitos de gestão administrativa para capacitação com intuito de contribuir para a otimização de empresas, levando-as a ampliar seu mercado de trabalho gerando novos cargos e contratando mais operários com salários dignos e boas condições nas relações trabalhistas.