Enviada em: 23/07/2018

A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se para o mundo a partir do século XIX, alterando profundamente as relações sociais e econômicas no meio urbano e as condições de vida dos trabalhadores. No Brasil, o trabalho livre e assalariado ganhou espaço após a abolição da escravatura. Com condições empregatícias ruins, gerou-se no país as primeiras discussões sobre leis trabalhistas. Após 130 anos, as discussões e índices de desemprego são trazidas novamente, com a mudança dos paradigmas econômicos e sociais do Brasil atual.         Em princípio, um dos grandes problemas atuais causadores do desemprego é a tríade: má gestão governamental, economia em recessão e ausência de investimentos nas empresas, causando o fechamento das mesmas e assim aumentando o desemprego. Por conta da crise política e o congelamento dos investimentos, as empresas não recebem incentivos para manter seus empregados e as indústrias do exterior não sentem segurança em investir seus capitais no país. Sendo assim, profissionais com alto grau de formação estão sendo descartados, causando uma crise além do desemprego estrutural: a falta de incentivo aos profissionais que investiram em formação ao longo da vida.          Além disso, a incapacidade das empresas de reterem profissionais e pagarem salários adequados ao tipo de emprego e formação que lhes cabem, tem levado muitos trabalhadores para o setor informal, seja para continuar estudando e se especializando, seja por sobrevivência. Assim também, atinge os cidadãos das camadas mais baixas, que sem oportunidades de estudo e capacitação, acabam por se manterem na informalidade em quase todo o seu período ativo como trabalhadores, não tendo seus direitos assegurados por não terem carteira assinada. Aqui entra a importância dos debates das relações trabalhistas, com a participação dos sindicatos e conselhos, a fim de que possam manter a integridade dos direitos dos trabalhadores no país.            Portanto, a reestruturação da economia do país é o primeiro passo para reerguer a capacidade das empresas em contratações. O Ministério do Trabalho pode, em comum acordo com as empresas e indústrias, criar mais postos de trabalho para contratação de profissionais recém-formados e os que estão fora do mercado por conta da crise, e em comum acordo, o incentivo ao crescimento industrial. O Ministério do Trabalho também, junto aos os governos estaduais, pode ampliar a oferta de capacitação de cidadãos e incluir aos cursos de profissionalização, promover a inserção no mercado de trabalho.através de estágios.