Enviada em: 07/12/2018

Oscilações faz parte dos negócios   A globalização, ocorrida no final do século XX e começo do século XXI, tornou-se um processo de aprofundamento das relações econômicas, políticas e culturais entre os povos espalhados pelo mundo, o qual caracteriza-se pela intensificação da comunicação e interações de grupos sociais. Sendo assim, a necessidade do indivíduo em adaptar-se as adversidades e expectativas na sociedade contemporânea, aliada as constantes mudanças nas relações trabalhista, dificulta ao homem contemporâneo o acompanhamento dessas transições, resultando em desemprego, perda de direitos e terceirização trabalhistas.     É indubitável afirmar que a mundialização é o principal fator que impulsiona e expõe o individuo a  essas constantes alterações no setor trabalhista. De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a pós-modernidade alterou e dinamizou as relações sociais e profissionais, permitindo maior "fluidez", característica principal da "modernidade líquida" vivenciada no século XXI. Desse modo, surge o homem atual que está sujeito a enfrentar essas oscilações das relações trabalhistas que quando não correspondidas, faz-se criar um universo social conflituoso e tenso, gerando por um lado um mar de excluídos e desempregados e pelo outro uma ilha de privilegiados, que conseguem corresponder as essas mudanças adversas da globalização.      Outrossim, destaca-se afirmar que a terceirização é força motriz para o controle social. Segundo o escritor francês Guy Debord, a organização social é consequência do modo capitalista que assume novas formas e conteúdos em seu processos, porém mantém as velhas formas de hierarquização social. Ou seja, o trabalho é ferramenta primordial de controle coercivo do homem, já que a interação dinâmica entre as necessidades de manutenção de vida, atrelado á complexidade econômica do mundo contemporâneo ao qual o individuo está integrado é fundamental para garantir a sobrevivência dele no contexto social e profissional na sociedade. Dessa maneira, torna-se refém da vulnerabilidade e volatilidade das relações de trabalhos atuais, que resultam na fragmentação da união e dos direitos das classes trabalhista atuais.     É evidente, portanto, que as relações e interações sociais que mantemos com o meio globalizado é de real importância. Observar, refletir e analisar as mudanças que vem ocorrendo nos últimos anos faz-se necessário para permitir conquistar a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.