Enviada em: 07/05/2018

Em um contexto do século XX, tem-se o surgimento do modelo produtivo toyotista, o qual infere suas vendas com respaldo na demanda do mercado e visa o consumo de produtos renovados em curtos períodos de tempo. Nesse viés, o supracitado desenvolvimento industrial possui reflexo no hodierno mapa do consumismo excessivo. Contudo, a cegueira da compulsividade não permite que os indivíduos enxerguem os impactos ambientais dessa realidade, por isso, é necessário reavaliar qual herança iremos deixar para as gerações futuras.    Em primeira análise, é mister a compreensão de que o poder de compra é diretamente proporcional ao status social. Dessa forma, países de todo o globo buscam a industrialização em detrimento dos recursos naturais disponíveis e legais. Além disso, muitos representantes políticos não realizam, na prática, medidas estabelecidas em conferências ambientais, a exemplo do fracasso do Protocolo de Kyoto. Com isso, a representatividade do governo não incentiva seus cidadãos a democratizarem boas ações com a natureza.    Ademais, não há como negar que a obsolescência programada da contemporaneidade enfatiza o acúmulo de resíduos tóxicos. Em decorrência disso, a inovação tecnológica desacelerada, que afeta a sociedade do consumo, contribui para que a produção de lixo eletrônico tome outra dimensão, o que desencadeia inúmeros problemas ecossistêmicos. Desse modo, um recentes relatório da ONU, Organização das Nações Unidas, aponta que de 60% a 90% dessas impurezas não são descartadas de forma coerente com o que seria avaliado como ambientalmente correto. Nada disso, porém, seria tão prejudicial ao comércio e ao ambiente natural se o poder da aquisição fosse reformulado.    Fica clara, portanto, a primordialidade de políticas que possam conciliar os anseios humanos com a exploração da casa comum. Para tal objetivo, as escolas, com apoio do Ministério do Meio Ambiente, devem criar palestras, a serem ministradas por engenheiros ambientais, as quais causem espanto sobre como o consumo afeta drasticamente o planeta Terra, a fim de criar uma geração consciente de seus atos. Em consonância, o Ministério da Justiça deve legalizar punições sobre empresas altamente poluentes, além de os indivíduos optarem por produtos com selos de reciclagem para reduzir os impactos globais do consumo e deixar um mundo minimamente corroído para gerações futuras.