Enviada em: 31/08/2018

Segundo o pensamento de Marx, os meios de produção determinam o comportamento humano. Nesse sentido, ao analisar o desequilíbrio entre consumo e sustentabilidade, depreende-se que devido ao avanço das tecnologias houve um agravamento da negligência, por parte da população e Estado, em relação ao consumo consciente. Desse modo, denota-se inconsciência da sociedade, ocasionada pelas indústrias, e equívocos do Estado em relação a tal imbróglio.       Em primeira análise, a negligência populacional, como supracitado, é resultado da política de empresas que estimulam o consumo desenfreado, vide ideias marxianas. Isso se evidencia, principalmente, pela obsolescência programada, estratégia capitalista que tem como objetivo diminuir o tempo de vida útil de bens de consumo considerados duráveis. Assim, tal princípio agrava o imbróglio do consumismo, o que gera maior extração de recursos naturais e grande contingente de lixo eletrônico.       Ademais, as políticas de desenvolvimento efetuadas por governantes estimulam o “consumo estratificado” e a insustentabilidade ambiental. Dessa forma, torna-se evidente, principalmente, pelo fato de que, influenciado pela Revolução Verde (1950-70), o Estado brasileiro estimulou a exploração exaustiva da terra e a produção voltada ao mercado externo, o que gerou maior poder de consumo de países ricos e crescente degradação ambiental.       Está exposta, portanto, a necessidade de se reduzir o consumismo e estimular a sustentabilidade. Nesse contexto, é imprescindível a atuação da Organização das Nações Unidas e ONGs, para pressionar os países a impor leis mais severas no que se refere a punição de empresas e produtores, no intuito de a médio prazo reduzir o ideário de tais empresas sobre a obsolescência programada e a destruição dos solos de plantio, logo a degradação ambiental. Poder-se-á, assim, diminuir o desequilíbrio entre consumo e sustentabilidade.