Enviada em: 16/08/2018

Um consumismo inconsciente       No final do século XX, o toyotismo, técnica de produção voltada aos interesses do consumidor começava a surgir e, com ele, diversas manobras de manipulação com o objetivo  de aumentar o consumo. Entretanto, tais manobras são utilizadas de forma indiscriminada, o que contribui para um consumo exacerbado, somadas ainda à falta de incentivo a reciclagem, têm gerado uma quantidade de lixo insustentável e,  por consequência, para um rápido desgaste ambiental.       É indubitável que as manobras de manipulação da mídia têm contribuído, por meio da obsolescência programada, para um descarte e substituição rápidos dos produtos. À medida que os produtos vão sendo apresentados aos consumidores como obsoletos, esses são estimulados a comprar o atual por meio do fetichismo da mercadoria, pois o que ele tem já não serve mais. Com isso, vê-se que o mundo atual moldou-se à teoria de Maquiavel, em que os fins justificam os meios,  porquanto a natureza está sendo devastada em função do lucro.       Outrossim, a falta de incentivo à reciclagem, seja por falta de investimentos, seja por falta de campanhas, é um agravante desse problema. Uma vez que o consumo e o descarte seguem crescentes, uma destinação correta dos resíduos faz-se imprescindível, pois o desenvolvimento torna-se inútil quando de forma insustentável. Reafirmando tal problemática, Paul Watson, co-fundador do Greenpeace, diz que a verdadeira inteligência é a capacidade das espécies em viver em harmonia com o meio ambiente.       Urge, portanto,a necessidade de priorizar a preservação do meio ambiente.  Para isso é essencial que o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com agentes midiáticos, faça campanhas contra a substituição excessiva de produtos e a favor da reciclagem, esclarecendo o malefício do consumo exacerbado e os benefícios  de reciclar, para que, assim, se forme uma sociedade mais consciente de seus atos. Ademais, o mesmo ministério deve mandar mais verbas para as Secretarias do Meio Ambiente, para serem usadas nas coletas seletivas e na distribuição de lixeiras  ecológicas, a fim de otimizar a reciclagem, para então, enfim, alcançarmos a inteligência citada por Paul Watson.