Enviada em: 23/04/2019

Em meados do século xx, para remediar a crise de 1929, o governo norte americano adotou uma série de medidas idealizadas pelo economista John Maynard Keynes, dentre as quais destaca-se o incentivo ao consumo, criando o Keynesianismo. Analogamente, nos dias atuais, a sociedade do consumo, arquitetada com o Estado de bem-estar social, consome em uma velocidade superior à taxa de reposição de recursos pelo planeta e desequilibra as características naturais da Terra, o que evidencia que a relação entre consumo e meio ambiente precisa ser revista.          Em uma primeira análise, é válido destacar que o ritmo do consumo está atrelado à obsolescência programada. Sendo assim, as empresas, visando o lucro, diminuem o tempo que um produto leva para deixar de funcionar, levando o consumidor à adquirir outro. Dessa maneira, as indústrias precisam de bastante matéria prima para atenderem ao mercado. Contudo, extraem mais do que a natureza consegue repor, o que torna claro o desequilíbrio  entre consumo e sustentabilidade nas sociedades humanas.          Convém, ainda, lembrar que o consumismo está modificando os ecossistemas terrestres, pois o uso abundante de combustíveis fósseis, sobretudo nas fábricas, contribui ao superaquecimento global. Dessa forma, enquanto mais a sociedade usa os recursos naturais, mais a Terra esquenta, acarretando mudanças climáticas no globo terrestre. Porém, quando a temperatura de um local é alterado, a fauna e flora do território correm risco de extinção, dado que as espécies necessitam de características ambientais constantes para sobreviverem.          Faz-se necessário, então, que o setor privado, juntamente aos representantes de Estado, invistam nos tecnopolos - centros de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia - para aprimorarem os métodos de coleta e reciclagem de materiais e melhorarem o sistema de recolhimento de lixo, por meio da instalação de lixeiras em pontos estratégicos das cidades e aumento do fluxo de veículos coletores, além de baratearem a matriz energética alternativa aos combustíveis fósseis, para que diminua seu uso. Dessa maneira, reduzir-se-á a utilização de recursos naturais e emissões de gases de efeito estufa e a relação entre consumo e meio ambiente tenderá a a equilibrar-se.