Com a chegada da Revolução Industrial, a produção de mercadorias, antes feita manualmente, passou a ser em massa, o que acarretou diretamente em maior facilidade para o consumidor. Contudo, atrelado à isso, aparecem os problemas quanto ao consumo excessivo. Nesse sentido, as influências midiáticas levam a busca pelas tendências do mercado, o que, devido ao gasto desenfreado, resulta em degradação ambiental, problema que assola o Brasil no século XXI. De fato, toda a população está sujeita à persuasão das propagandas em redes sociais e comerciais de TV, os quais mostram, em sua grande maioria, os produtos da moda e os últimos lançamentos. Em consonância, a busca por prestígio social faz o indivíduo investir em futilidades, o que contribui com a sociedade de consumo. Nesse viés, o documentário "Minimalismo", disponível na Netflix, apresenta o cotidiano de pessoas que se abstiveram do consumismo e mostraram ser possível viver sem a ganância da busca pelo carro mais luxuoso ou pela roupa mais cobiçada, valor já esquecido atualmente. Além disso, a compra acelerada, de maneira inevitável ocasiona a degradação ambiental, pois, sob olhar crítico lembrar-se-á que toda mercadoria vem de matéria prima extraída do meio ambiente. Obliquamente, uma pesquisa feita pelo Greenpeace Internacional mostrou que hoje consome-se 1,5 vezes o que o planeta tem para oferecer, com previsão de consumo de dois planetas em 2030. Entretanto, mesmo diante de dados tão apavorantes, a grande massa populacional fecha os olhos para o problema, ignorando as questões ambientais que as futuras gerações hão de enfrentar. Assim, torna-se evidente a necessidade de intervenção no equilíbrio entre consumo e sustentabilidade. Logo, o Governo Federal, em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente, deve fiscalizar a produção de mercadorias e o descarte delas, quando essas não tiverem mais serventia, por meio de fiscais especializados para o serviço, a fim de assegurar o aproveitamento total da matéria-prima e do futuro lixo, que poderá contribuir com a reciclagem. Pois, só assim a ideia apresentada pelas personagens de "Minimalismo" poderá se encaixar na realidade brasileira.