Enviada em: 21/09/2019

A obra "Dom Quixote de la Mancha", de Miguel Cervantes, narra a história de um espanhol que, ao consumir somente livros de cavalaria, fica alienado e começa a acreditar que é um cavaleiro, saindo do pequeno distrito de Mancha para se aventurar pela Espanha. Analogamente a obra de Cervantes, o mundo hodierno é caracterizado pelo forte consumismo, impulsionado pela busca do lucro máximo que gera danos irreparáveis ao meio ambiente. Desse modo, torna-se necessário analisar as causas, bem como os prejuízos sociais causados por essa problemática.       A priori, é necessário ressaltar o que motiva esse tema. Com o fim da Guerra Fria, na década de 1990, o capitalismo foi aderido como modelo econômico em quase todo o mundo, sistema que visa o lucro máximo das empresas. No entanto, nos dias atuais o capitalismo gera inúmeros empecilhos a sociedade. As empresas, impulsionadas pela busca da maior renda possível, atualizam constantemente seus produtos, causando um enorme consumismo da sociedade, despertado pelo sentimento de estar atrasado em relação ao outros. Nesse sentido, torna-se evidente que o capitalismo fomenta o consumismo.       A posteriori, é imprescindível salientar as consequências do desequilíbrio e a sustentabilidade. O cantor brasileiro Fábio Brazza, em sua música "De Volta para o Futuro", retrata um cenário distópico, próximo ao ano 3000, em que o planeta está um caos, diversas espécies foram extintas e não existem as calotas polares. Fora da ficção de Brazza, o mundo atual caminha para isso se tornar realidade, no qual o exacerbado consumismo, em conjunto com a falta de apoio da população, causa danos irreparáveis ao meio ambiente. Logo, é notável que o consumo exagerado gera inúmeras consequências ao ambiente.       Portanto, medidas públicas são necessárias para mitigar esse problema. Para tanto, o Ministério do Meio Ambiente deve criar órgãos de fiscalização das grandes empresas, visando tornar a produção dos produtos cada vez menos degradável ao planeta. Outrossim, compete ao Ministério da Educação, em parceria com as instituições de ensino, a inserção de psicólogos e especialistas para ministrar aulas, objetivando reduzir o consumismo entre os alunos, bem como conscientizar acerca das consequências desse problema ao meio ambiente. Desse modo, espera-se reduzir os casos análogos ao de Dom Quixote.