Enviada em: 16/03/2017

Desde os processos denominados “Revoluções Industriais” e a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando produtos e mercados em detrimento dos valores humanos essenciais. A busca pelo desenvolvimento e de lucros cada vez maiores por parte da empresas, tem causado mudanças visíveis no meio social e agravando mais ainda esse problema. Nesse contexto, o consumismo passou a crescer desenfreadamente, dos adultos as crianças, proporcionando impactos irreversíveis no meio ambiente e problemas para as gerações vindouras, diante do desequilíbrio entre consumo e sustentabilidade.        É importante pontuar, de início, que, a partir da mecanização da produção, o estímulo ao consumo tornou-se um fator primordial para a manutenção do sistema capitalista. De acordo com Karl Marx, filósofo alemão do século XIX, para que esse incentivo ocorresse, criou-se o fetiche sobre a mercadoria: constrói-se a ilusão de que a felicidade seria alcançada a partir da compra do produto. Ademais, as propagandas publicitárias tem alavancado as vendas de determinados produtos por meio de seu caráter persuasivo, além de contribuir para o incremento de um novo público consumidor no mercado: as crianças. Essas, por estarem vulneráveis e não terem um senso crítico formado, são facilmente persuadidas e usadas de modo a conseguirem a adesão dos pais para comprarem algum produto que, em muitas das vezes, será desperdiçado ou jogado fora.       É fundamental pontuar, ainda, que, com uma estrutura de produção modernizada e a crescente busca das pessoas em consumir, a natureza vem sendo constantemente prejudicada. Os desmatamentos, as queimadas, a poluição dos rios, tudo isso é resultado da procura das indústrias por matéria- prima na natureza para atender a demanda do mercado. Dessa forma, o meio ambiente fica comprometido a ser destruído na medida em que consumimos desnecessariamente, sem nenhuma medida de preservação e de sustentabilidade.           Fica evidente, portanto, a necessidade de conciliarmos a nossa maneira de consumir com uma   proposta de sustentabilidade. Para tanto, é fundamental que o governo e o CONAR, em parceria, controlem e supervisionem os tipos e o caráter das propagandas, visando a proteção das crianças que são vulneráveis a essas. Cabe à escola, por meio de debates temáticos e palestras, formar um senso crítico nos jovens e adolescentes a respeito do consumismo, mostrando suas causas e consequências no ambiente social. Por fim, é imprescindível ação do IBAMA na proteção da natureza, através de fiscalizações e implantações de leis, de modo a conter impactos desastrosos no ambiente natural. Assim, proporcionaremos o equilíbrio entre o consumo e sustentabilidade.