Enviada em: 27/04/2017

A linha tênue entre o consumismo e a destruição A Revolução Industrial dos séculos XVII e XVIII originou uma característica marcante da sociedade atual: o consumismo. A sociedade de consumo faz com que as pessoas se sintam obrigadas a aparentar terem mais do que realmente necessitam. Com isso, passaram a comprar mais, e a trabalhar mais para suprir tais necessidades. Para que esse movimento funcione, o Homem aciona demasiadamente a verdadeira riqueza que possui: os recursos naturais. Seja pela ingenuidade de alguns e/ou pela sagacidade dos mais poderosos, todos estamos nos tornando mais pobres porque os recursos naturais estão se esgotando.  Os mais poderosos sabem onde podem chegar quando, praticamente, monopolizam nossa riqueza natural para que mais produtos possam ser vendidos. Eles se aproximam ao máximo dos bens naturais, e a desigualdade se intensifica às custas do sacrifício do meio ambiente. A maioria das pessoas acaba marginalizada, e se adapta a essa situação, sem entender que tudo o que foi extraído pertence a todos. A indiferença com a qual o Homem trata o meio em que vive vem trazendo consequências, sendo que algumas delas, acabarão se tornando irreparáveis.   Podemos observar que, a todo instante, o “bicho-homem” vem transformando o ambiente natural, seja por meio das queimadas, dos desmatamentos, maior liberação de gases para a atmosfera, entre tantas outras; parece que ele se esqueceu do principal: todas elas, são transformações nocivas à sua geração e às próximas. Toda essa reflexão pode ser exemplificada pela catástrofe de Mariana, onde duas barragens de rejeitos minerais se romperam, assassinando o Rio Doce e diminuindo as forças de boa parte da vida marinha entre o Espírito Santo e a Bahia. Isso ocorreu porque o mercado do minério de ferro está em queda; a China, grande comprador mundial, desacelerou sua economia e os executivos precisam produzir cada vez mais, gastando cada vez menos. Eles precisam produzir mais, e nós temos a sede de consumir que os alimenta. Nossos smartphones, por exemplo, nascem dessas minas.  Por isso tudo, faz-se necessária a preferência pelo simples e essencial, buscando assim o equilíbrio e o respeito pela natureza que nos abriga. Os Governos precisam investir em políticas de conscientização sobre os danos que estamos causando ao planeta, como o desenvolvimento de projetos com as crianças nas escolas e o apoio à mídia para que ela também cumpra seu papel de informar. Os BRICS junto a ONU podem desenvolver um papel fundamental de organização de ações em prol da defesa do meio ambiente, que estimulem e auxiliem todos os outros países. Todos os seres vivos estão clamando por socorro nesse momento. Façamos a nossa parte.