Enviada em: 20/07/2017

No documentário “Ilha das flores”, mostra-se o cotidiano de uma ilha que é destino da grande quantidade de lixo produzido no ambiente urbano, causando mazelas àquela população. Fora das telas, a grande quantidade de lixo gerado pelo consumo excessivo e com destino inadequado é realidade no Brasil. De maneira análoga à lei da inércia de Newton, urge que uma força externa atinja a problemática para que não se mantenha em movimento.  Conforme o ideário marxista da economia como determinante da sociedade, pode-se compreender o progressivo desequilíbrio entre o consumo e a sustentabilidade. Tal fato ocorre devido ao enorme lucro que a exploração de recursos naturais proporciona. Ademais, o menor custo do descarte incorreto do lixo produzido por grandes empresas apresenta-se como inerente ao problema.   Sob outro ângulo, é possível avaliar a resiliência do problema ao analisar, conforme a literatura machadiana, aspectos da ética e da moral humana. Nesse contexto, o homem é visto como corrupto e desprovido de virtudes. Assim, compreende-se a capacidade humana de violentar a natureza por lucro, que, segundo Sartre, é uma derrota, independente da forma que a violência se manifeste.   Destarte, medidas são necessárias para resolver o impasse. Nesse sentido, o Ministério da Fazenda deve fornecer subsídio às empresas que reciclem e/ou tratem seus resíduos, assim, garantirá que o preço do produto final não aumente. Ademais, o Ministério do Meio Ambiente, por meio do IBAMA, deve aumentar a fiscalização das empresas com fito de verificar se estão cumprindo as legislações ambientais. Além disso, o Poder Legislativo deve criar projetos de leis com sanções rigorosas aos que não respeitam os parâmetros ambientais, e, além disso, a população deve ser conscientizada pelos meios de comunicação governamentais, como “Hora do Brasil” e cartilhas educativas a serem distribuídas. Assim, garantirá a força necessária para cessar a problemática.