Enviada em: 06/09/2017

O Brasil foi colonizado por diversos países ao longo de sua história, entretanto, nunca com tamanha força ideológica como o imperialismo estadunidense, a partir do século XIX. Essa imposição de valores culturais consumistas, bem como a utilização desenfreada dos recursos naturais, são causas de diversos problemas, entre eles a degradação do meio ambiente.         Em referência ao embate entre o consumo e o meio ambiente, é impossível não evidenciar a participação da mídia. Anualmente, milhões de dólares são gastos em todo o mundo com publicidade, sobretudo nos grandes veículos de comunicação, impondo valores da cultura de massa. Já dizia o escritor inglês George Orwell: "A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia, e a mídia controla a massa". De fato, a mídia explora a obsolescência programada a seu favor, fazendo seus espectadores comprar sempre mais. Inclusive, a palavra "buy", que significa "comprar", já parece receber valor pejorativo em algumas partes dos Estados Unido após aparecer em muitas charges.      Outrossim, a mentalidade de obter lucro sobretudo prejudica a qualidade dos produtos, aumentando a degradação ambiental. Para as empresas, é mais interessante produzir materiais com custo mais acessível e menor qualidade, favorecendo o infindável ciclo da obsolescência programada, uma vez que ao adicionar um único recurso a mais em uma nova versão de celular, tornam o antigo obsoleto. Os criadores de software agem ativamente nesse processo, tornando necessário tecnologias sempre mais avançadas para continuar funcionando determinado serviço. De modo a evitar compras infindáveis, é interessante que todos saibam a diferença entre precisar e querer, algo que deve ser ensinado as crianças, desde muito pequenas.         A obsolescência, portanto, está intimamente ligada ao consumismo, em detrimento à sustentabilidade. Cabe ao Governo criar normas que conciliem os custos de publicidade e os ambientais, como um método semelhante ao usado para alertar os consumidores de cigarro dos seus riscos. É interessante também que a mídia seja taxada sob a publicidade e esse dinheiro seja direcionado à recuperação de rios e outros processos ambientais. Considerando que o ciclo obsoleto está enraizado na cultura de milhões de brasileiros, é interessante que as empresas deem descontos aos compradores que levarem seus antigos produtos. É papel dos educadores e escolas, promover campanhas de separação de lixo e coleta de pilhas, por exemplo. Doar ao Greenpeace, que vem atuando pela sustentabilidade, é uma forma da população abraçar diretamente essa causa. São medidas assim que poderão dirimir a degradação ambiental.