É de conhecimento geral que, atualmente, o esporte é uma das melhores alternativas para a inclusão social de pessoas marginalizadas da sociedade. É mediante tal questão que muitos jovens brasileiros deixam de usar drogas para praticarem esportes, como o futebol. Nesse contexto, é indispensável salientar que a pessoa que pratica esportes tende a se tornar um cidadão melhor, pois desenvolve a noção de solidariedade e respeito ao próximo. No entanto, seja devido à falta de incentivo público à prática de atividades poliesportivas, ainda há barreiras que impedem a inclusão social de muitas pessoas e é essencial que o Estado atue de modo a impedir tal impasse. O esporte foi importante para a inclusão social de muitos brasileiros. Um exemplo disso é o campeão mundial de futebol, Ronaldo "Fenômeno", que nasceu na periferia da cidade do Rio de Janeiro e seus pais não tinham boas condições financeiras. Apesar de todas as dificuldades que passou durante a infância, Ronaldo foi resiliente e mostrou ao mundo que o jovem pobre não deve ser excluído, tampouco inferiorizado pela sociedade. Seguindo essa linha de raciocínio, o sociólogo Roberto DaMatta sustenta a ideia de que o esporte é transformador na vida dos praticantes: além de possibilitar a inclusão social, também incentiva a solidariedade e respeito ao próximo. De maneira análoga, é possível perceber que por meio do esporte, muitas pessoas puderam ter melhores condiçõese de vida. Outro ponto relevante nessa temática é o precário incentivo público para que os jovens possam praticar esportes. Segundo ideário kantiano, o homem é o que a educação faz dele; sendo assim, é necessário preocupação. Nessa ótica, estudos do Instituto de Pesquisas da USP indicam que se o investimento público fosse maior nas escolas, possibilitando o acesso a aulas de educação física, gastaria-se menos com a construção de presídios e manutenção de presidiários. Sendo assim, surge a necessidade de se revisar a função do Estado frente a essa problemática. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Para que isso ocorra, são necessárias medidas concretas que tenha como protagonista o Estado. O Ministério do Esporte deverá investir e incentivar a construção de quadras poliesportivas em todas as escolas e em bairros mais carentes. Isso se dará através das leis, que o Congresso Nacional deverá aprovar para que mais investimentos sejam voltados à educação e lazer. Com efeito, muitos jovens poderão ter mais acesso aos esportes, democratizando, assim, o acesso às atividades poliesportivas. Só assim, o Brasil sairá das sombras, como na alegoria da caverna de Platão.