Enviada em: 11/10/2018

Na Grécia Antiga, houve a criação dos famosos Jogos Olímpicos, que evidenciam a exacerbada admiração que o povo da época tinha pelo esporte. Atualmente, porém, essa admiração deve ser maior ainda, tendo em vista que o esporte ultrapassa os âmbitos da saúde corporal e da estética, ao passo que ele muda positivamente a vida de inúmeras pessoas. Entende-se, então, que o esporte, além de ser essencial para se ter uma vida saudável, também pode ser classificado como uma importantíssima ferramenta de inclusão social.   A princípio, é necessário analisar, antes de tudo, o papel fundamental da cidadania. Segundo o filósofo Aristóteles, a pólis, vida em sociedade, é essencial para o desenvolvimento de princípios importantes, como o respeito e o fazer político. Ao seguir tal pensamento, fica nítido o poder que o esporte tem em formar bons cidadãos, tendo em vista que ao apresentar uma dinâmica de comunhão, os participantes precisam lidar com as diferenças uns dos outros e seguir as mesmas regras. Exemplo disso são as milhares de pessoas com deficiência que, ao praticarem algum esporte, se sentem mais fortes, respeitadas e pertencentes à sociedade em que vivem. Em suma, o que aparenta ser apenas algo importante para a saúde, na verdade, cria indivíduos mais conscientes e coautores de um mundo mais fraterno e inclusivo. Ademais, tal questão também interfere diretamente no âmbito socioeconômico. No documentário "Gun Runners", dirigido por Anjali Nayar, dois homens, que viviam como ladrões, deixam suas armas de lado para se tornarem corredores de maratona. Nesse sentido, torna-se evidente que em países onde a desigualdade social é enorme, como no Brasil, o esporte compete, diariamente, com o crime pela atenção das crianças e dos jovens periféricos. A partir disso, é possível entender o quanto é necessário valorizar figuras como a medalhista olímpica, Rafaela Silva, mulher negra e pobre, que, ao conquistar visibilidade, levou inspiração para inúmeras pessoas. Dessa forma, torna-se clara a necessidade em dar importância ao esporte, visto que ele é um grande impulsionador para o desenvolvimento social de todo o país.  Entende-se, portanto, que o esporte possui um enorme poder de inclusão social. Para que isso se intensifique, torna-se necessário que as Secretarias Estaduais de Desenvolvimento, com o apoio das ONG's, incentivem e facilitem a entrada das pessoas, principalmente jovens, no universo esportivo. Isso pode ser feito por meio da criação de complexos poliesportivos, que possuam infraestrutura de qualidade para toda a população, principalmente em áreas carentes, para que, cada vez mais, seja possível perceber uma melhoria nas relações e nas condições sociais de todo o país.