Enviada em: 05/09/2017

No contexto do capitalismo brasileiro há uma clara segregação discriminatória entre as classes. Sabe-se que o esporte é uma prática lúdica o qual pode ter efeitos positivos na sociedade. Assim, por seu caráter tanto moralizante, quanto socializador, o esporte deve ser incentivado.  É pertinente considerar o papel do esporte na elevação moral da sociedade. Para Émile Durkheim, a consciência coletiva é capaz de coagir os indivíduos a agirem de acordo com as regras morais prevalecentes. Nesse sentido, durante a atividade física, imperam condutas de disciplina e perseverança que, devido ao poder do hábito, se tornam valores na vida do indivíduo. Dessa forma, evidencia-se a coletivização de bons valores que vão de encontro a realidades, muitas vezes, violentas.   Além de valores, o desporto pode ser atuante no processo de integração social. A parcela significativa da população brasileira que vive à margem da sociedade é discriminada, pois, em alguns casos, a violência é prevalecente em comunidades carentes. O esporte, por sua vez, implica cooperação, aprendizado mútuo e, consequentemente, um sentimento de comunidade. Desse modo, uma comunidade desportiva unida, ainda que pertencente a classes desprestigiadas, pode garantir a diminuição da violência além de melhor representatividade e inclusão social.   Dessarte, é impreterível, portanto, que o esporte seja estimulado, não só por sua função didática, como também por seu papel inclusiva. Para isso, os governos municipais devem ampliar e revitalizar centros poliesportivos em diferentes pontos das cidades, garantindo a estrutura necessária ao desenvolvimento desportivo. Ademais, cabe ao Governo Federal, por meio da publicidade, criar uma campanha que convoque a sociedade civil a participar de ONGs que promovam o esporte em comunidades carentes, visando abranger diferentes classes sociais em prol da harmonia. É esperado, então, que a sociedade minimize os preconceitos e se veja moralmente mais evoluída.