Enviada em: 17/10/2017

Na Grécia antiga, as olimpíadas eram um meio de homenagear Zeus, valorizar o corpo saudável e um momento de paz entre as cidades-Estado. Hodiernamente, o esporte vai além e converteu-se em uma importante ferramenta educacional e de inclusão social. No entanto, apesar de ter o poder de modificar a vida de muitas pessoas e livrar muitos jovens da criminalidade, casos de ascensão social tem sido apenas exceções. Neste sentido, a falta de infraestrutura e de investimento atuam como uma barreira impedindo que os benefícios alcancem os lugares necessários. Em primeiro lugar, é evidente o reconhecimento do esporte como um caminho para a transformação e ascendência social. Projetos de cunho social e esportivo desenvolvidos no Brasil, que conciliam a educação com a prática desportiva, proporcionam um novo caminho de vida para muitos jovens de comunidades carentes. O projeto Miratus, iniciado em 1998 no Rio de Janeiro, busca a inclusão social através do badminton e apresenta ótimos resultados e depoimentos de superação, como o da atleta Lohaynny Vicente que, no ano de  2013, recebeu do Comitê Olímpico Brasileiro o prêmio de melhor atleta da modalidade. Contudo, os incentivos não chegam a todos que carecem, bem como são poucos os casos como o da atleta Lohaynny. A negligência do Estado, somada a baixa quantidade de recursos que são investidos, dificulta o acesso de muitos jovens que não possuem condições para dedicar-se totalmente ao esporte. Nestas situações, a maioria das crianças e adolescentes acabam passando muito tempo nas ruas e, em diversos casos, chegam a se envolver com o tráfico, encantadas pela perspectiva de uma vida financeira abundante. Torna-se evidente, portanto, a necessidade da ampliação de projetos que utilizam do esporte com finalidade de mudar este quadro. Assim, o Ministério do Esporte em parceria com ONG's e empresas privadas, devem investir em programas como escola de futebol e academias de artes marciais em comunidades onde este recurso é de difícil acesso. Cabe a mídia, como principal formadora de opiniões, promover campanhas com atletas que passaram por um contexto similar ao que muitos jovens ainda passam e tiveram sucesso no meio desportivo, com o intuito de inspira-los e evitar que muitos busquem o crime como solução. Só assim então, a problemática será atenuada.