Define-se inclusão como o conjunto de ações que garante a participação igualitária de todos na sociedade, independente da classe social, da condição física,da orientação sexual, da etnia, entre outros aspectos.Entretanto,no que se refere ao esporte como ferramenta para tal caminho de igualdade nota-se um elevado distanciamento da real importância das atividades físicas à população somado ao seu devido acesso nas camadas sociais. O esporte é um dos meios de interação que mais fornecem subsídios para compreensão e adequação ao espaço,além de proporcionar o bem-estar físico e emocional ao individuo.Porém,o impasse é notório quando a sociedade desvaloriza-o como um fator desnecessário e não como um meio politico-social-ideológico-econômico e assim,há o desprezo por tais praticas pela falsa idealização de que ,na teoria, a ótica do estudo do movimento não tem importância de fato para o país.Diante disso,há um falso moralismo presente apenas em épocas festivas consideradas relevantes como a Copa do Brasil e as Olimpíadas,na qual a sociedade gera um sentimento de valorização de curto intervalo de tempo ao esporte e que,na maioria,possui o interesse próprio em transmitir um nacionalismo com prazo de validade .Dessa maneira,o afastamento da população frente ao interesse pelos esporte contribui maleficamente à própria saúde do individuo,o qual está ignorando benefícios ao seu metabolismo. Outrossim,a falta de acessibilidade das camadas excluídas a tais atividade corrobora para a desvalorização e a não inclusão social.Isso se dá quando a Escola não possui o compromisso de desenvolvimento humano no qual,através de atividade coletivas e que despertem o movimento corporal,ignora o trabalho de alfabetização da cultura corporal.Ademais,no cenário presente, o esporte é visto como uma ferramenta de ascensão, em que somente as camadas privilegiadas conseguem o direito ao acesso.Diante disso,a falta de incentivo financeiro é, por exemplo, um dos entraves de afastamento dos treinamentos,por conta da marginalização daqueles que não possuem condições de arcar com o investimento em atividades físicas e olímpicas,fato que prejudica o acesso de tais jovens. Fica evidente,portanto,que o acesso ao esporte é fundamental para que haja a efetiva inclusão. Com isso,é necessário que o Estado reformule o programa pedagógico à respeito da disciplina de educação física, em que ela não seja mais vista como mero meio de recreação, mas sim como um ponto-chave das políticas de ação social.Ademais,é preciso que gestores municipais e estaduais invistam subsídios para o acesso e preparação dos atletas, por meio de auxílio financeiro e da criação de um suporte de acompanhamento que busque captar novos atletas em comunidades carentes.Somente assim,a valorização do esporte deixara de estar presente apenas em épocas festivas.