Muito se discute acerca dos efeitos da má alimentação dos indivíduos na sociedade brasileira. Essa controvérsia torna-se mais relevante quando se expõe a padronização alimentar no cotidiano do cidadão, aderindo a alimentos "práticos'' como os ultraprocessados. Esse debate, portanto, transparece os riscos à saúde pública surtido pelo padrão alimentar do brasileiro. Essa problemática de caráter social, remonta a ação do capitalismo americano, durante o século XX, no modo de vida dos brasileiros. A racionalização da sociedade foi um estímulo para o padrão alimentar pouco saudável, que contribuiu para o aumento da obesidade na população expondo-a a doenças cardiovasculares e diabetes. Tal fator é ratificado pela teoria da ''McDonaldização'', defendida pelo sociólogo George Ritzer, o qual aborda a metodização da sociedade no espectro nutricional, dando relevo ao impacto dos alimentos ultraprocessados na saúde do brasileiro. Somado a isso, a deficiente alimentação dos indivíduos e os problemas de saúde causados, tem grande impacto na economia da nação. A invalidez de trabalhadores por cardiopatias, artropatias e doenças endócrinas, corroboram a gravidade de uma sociedade com maus hábitos alimentares. A necessidade de consumo da população a um produto fetiche, como por exemplo ''fast food'', confirma a noção de ''Hiper Realidade'', do filósofo Jean Baudrillard, restabelecendo os impactos que alimentos ultraprocessados podem causar a uma sociedade consumista. Com o intuito de reduzir os efeitos que os ultraprocessados causam à sociedade, é adequado que a alimentação equilibrada seja um fator homogêneo na comunidade. Essa finalidade pode ser obtida por meio de campanhas, lúdicas e conscientizadoras, promovidas pelo Poder Público, por meio do Ministério da Saúde em parceria com o terceiro setor, na mídia, escolas e empresas, bem como a maior inserção do fisco a alimentos ultraprocessados. Dessa forma, o cidadão estará propenso a uma melhor qualidade de vida e será promovido o desenvolvimento sustentável da nação.