Enviada em: 25/08/2019

Zygmunt Bauman, importante sociólogo, ao pronunciar a frase "Consumo, logo existo", demonstrou que, na sociedade pós-moderna, a condição indispensável à vida é o consumo. Nesse contexto, inserem-se os "fast-foods" e os diversos alimentos industrializados e calóricos, consumidos indiscriminadamente pela humanidade: os industrializados. Assim, resta discutir sobre os impactos dos ultraprocessados no padrão alimentar brasileiro e estipular medidas condizentes para o seu consumo consciente sem que esses causem males à saúde humana.              Em primeiro plano, é inevitável compreender que a população não se atenta aos inúmeros alimentos dotados de componentes maléficos à saúde. Devido à vida cotidiana mais acelerada, o curto espaço de tempo realizar as principais refeições de maneira saudável tem se tornado um grande problema para a saúde de muitos brasileiros. A adoção de alimentos como os "fast-foods" e guloseimas vendidas no mercado substituem facilmente uma refeição, porém, devido à falta de atenção para esse hábito, os impactos causados à saúde são extremamente relevantes aos consumidores. Dessa forma, o impacto no padrão alimentar brasileiro tem resultado no crescimento da taxa de obesidade e sedentarismo.        Outrossim, é imprescindível ressaltar sobre as conseqüência dos ultraprocessados à alimentação e estilo de vida. O consumo desses industrializados prejudicam a vitalidade devido aos inúmeros componentes químicos que estão inseridos no seu processo de fabricação , assim como estão associados ao ganho de peso, depressão, diabetes, hipertensão, como também, o desenvolvimento de outras doenças causadas pelo uso consumo de mantimentos dotados de agrotóxicos. De maneira análoga, uma pesquisa realizada pela Vigitel 2014, revelou que o Brasil apresenta uma prevalência acima de 50% de pessoas propensas à obesidade e a mesma quantidade de hipertensos, o que é provocado pelo enfraquecimento dos padrões alimentares, sendo um problema que cresce exacerbadamente.        Entende-se, diante dos fatos expostos, que é papel do Governo Federal , por meio do Ministério da Saúde, aliado à Anvisa, determinar mediante à um projeto de lei, uma nova rotulagem aos produtos processados, para que seja feita uma leitura clara sobre os componentes presentes nos alimentos comercializados, como também os valores nutricionais. Além disso, é papel da escola, como formadora de opiniões, criar campanhas e dinâmicas que, com o auxilio de profissionais formados na área de nutrição, insirir no ambiente educativo palestras e projetos que direcionem os impactos dos ultraprocessados na saúde de jovens e crianças, livrando-os da prática da alimentação irregular.