No século XIX, a escola literária denominada Romantismo tinha, em sua primeira fase, a característica de exaltação e valorização do índio. Hoje, o cenário é outro: os grupos indígenas estão em foco, principalmente, pelo preconceito e exploração que sofrem. É preciso considerar, antes de tudo, o não reconhecimento da importância da presença indígena na sociedade brasileira. Tudo começou no período colonial com a aculturação dos nativos devido ao pensamento eurocêntrico de que, somente, a cultura dos brancos intelectualizados era a correta. Tal postura foi, ao longo do tempo, se enraizando na sociedade e, com o romantismo, sofreu a tentativa de extinção. Entretanto, no momento presente, muitos indivíduos continuam não respeitando a cultura dos índios e tampouco os reconhecem como um dos principais constituintes da cultura brasileira. Dessa forma, o preconceito continua intrínseco em nossa sociedade. Em virtude disso, a Constituição Brasileira de 1988 implementou algumas leis para a inclusão dos grupos indígenas. Um exemplo disso são as escolas, no Rio Grande do Sul, voltadas para o ensino dos índios e, na região Norte, o conjunto de terras cedidas para eles, denominado de Amazônia Legal. No entanto, nesse último caso, percebe-se ainda a exploração dos indígenas por meio do uso ilegal de suas terras para a mineração. Essa realidade é observada no Piauí, pois quase a metade do território indígena está sendo usada para esse fim. Embora histórica e preocupante, essa situação é mutável. Nota-se, portanto, a necessidade de medidas com o intuito de erradicar a discriminação e o aproveitamento das terras indígenas. Por isso, a Fundação Nacional do Índio deve criar um órgão específico para regular as atividades econômicas nas proximidades da Amazônia Legal. Além disso, deve, juntamente com a mídia televisiva, investir em propagandas e ficções que conscientizem os cidadãos acerca da importância das diversas etnias indígenas para o país. Assim, a primeira geração romântica começará a ser praticada.