Enviada em: 12/05/2017

O histórico de opressão ao qual o índio brasileiro foi condicionado é um encargo negativo na historicidade do Brasil. Diante disso, o lucro obtido através de medidas exploratórias e desumanas, sinaliza a aplicabilidade de uma imediata justiça social. Ademais, a perda de identidade, o aumento da miséria e os problemas surgidos com a presença do não índio mostram o etnocidio em transe no país. Logo, faz-se necessário a intervenção de diversos setores sociais, evitando, desta maneira, a domesticação ocidental de um povo multicultural.     Indubitavelmente, a preocupação atual é a preservação identitária da diversidade étnica dos povos indígenas, uma vez que, o processo usurpador das suas terras data desde a invasão portuguesa. Consequentemente, os costumes, a cultura e os indivíduos, desaparecem à medida que os agentes exploratórios, como exemplos, o agronegócio, a mineração, a construção de estradas e hidrelétricas, avançam no vale amazônico. Sem dúvida, esse modo operante apaga uma parte essencial na formação histórica brasileira.     Outrossim, a realidade vivida nas sobreviventes tribos é diferente das relatadas nos diários oficiais. Certamente, o intercâmbio existente entre o índio e as demais pessoas trouxe a miséria, o alcoolismo e muitos outros males para essas comunidades, como é relatado no documentário “Vale dos Esquecidos, 2012”. Nesse contexto, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) fornece politicas assistenciais, que não são suficientes, e, constantemente, a sua atuação enfrenta resistências, a exemplo do Deputado Alceu Moreira e seus correligionários.     Portanto, o debate é emergente e as lutas são necessárias. Destarte, a ação da FUNAI e do INCRA, responsáveis pela demarcação de terras, devem tramitar com caráter de urgência, demarcando e protegendo terras indígenas para garantir a qualidade de vida dessas populações, com promoção justa. Além disso, as leis indigenistas precisam ser valoradas, a fim de proporcionar ao índio brasileiro um foco qualitativo na atualidade.