Enviada em: 11/05/2017

A exploração das Terras Indígenas - TIS - no Brasil remontam o início da Colonização Brasileira e, até hoje, os índios sofrem com a presença de exploradores que atuam de forma ilegal para obter recursos hídricos e minerais. A ausência de demarcação das TIS e a disponibilidade de recursos que ela oferece fazem com que as terras sejam cobiçadas pelo setor mineral.  A autorização para a exploração nas áreas indígenas é competência do Estado Brasileiro, entretanto, conforme tornou público o Jornal Bom Dia Brasil, em 2016, dos mais de 650 processos para demarcação de Terras Indígenas, mais de 300 ainda não foram iniciados. Fato este que dificulta o impedimento e o controle dos territórios explorados de forma ilegal. A ausência de demarcação contribui também para o aumento dos confrontos violentos com os povos indígenas. Segundo o Conselho Indigenista Missionário, em 2015, 54 índios foram mortos em confronto pelo direito à terra. O interesse pela exploração das TIS perpassa pela alta disponibilidade de recursos minerais e pelo fato de a terra ser inexplorada, visto que o setor sobrevive do proveito da terra. Porém, a falta de controle na exploração reflete na sobrevivência dos povos indígenas que subsistem com os recursos naturais dessa mesma terra explorada. Para minimizar e tirar o índio brasileiro do foco da problemática é necessário que o Ministério da Justiça, auxiliado pela FUNAI e demais órgão competentes na questão indígena faça um mutirão para dar celeridade aos processos de demarcação das TIS e, uma vez regularizadas as terras, estabelecer multas e sanções rigorosas aos exploradores ilegais, bem como, estabelecer parcerias junto às Organizações Não Governamentais para aumentar a assistência social aos indígenas, visando um melhor acompanhamento dos quadros de violência contra os nativos.