Enviada em: 17/07/2017

Quando os portugueses chegaram às terras que, mais tarde, comporiam o território brasileiro, depararam com uma enorme diversidade de povos indígenas. Grande parte deles foi dizimada pelas doenças trazidas da Europa, pela escravidão à qual foram submetidos ou pela violência imposta pelo colonizador. Contudo, grupos nativos remanescentes buscam, hoje, se organizar para defender seus direitos e preservar sua cultura e seus costumes.   Em primeiro lugar, é necessário encarar o fato de que o pensamento, desde a colonização do Brasil, não mudou quando se trata da cultura indígena ser julgada como inferior e descivilizada. Prova disso é classificar a língua deles como dialeto, assim como a cultura considerada folclórica por muitos dos brasileiros.  A questão cultural, contudo, não é o único problema. Como ocorreu nos ciclos da cana-de-açúcar e do ouro, atualmente, populações nativas do Brasil têm suas terras expropriadas devido interesses econômicos que abarcam, principalmente, o agronegócio. Mesmo que a Constituição de 1988 tenha previsto a demarcação de todos os territórios indígenas, esta não foi totalmente efetivada. Essa situação faz com que agrave a dizimação de muitas tribos, impedindo assim o avanço de qualquer tentativa do governo brasileiro ou de ONGs que atuem na causa indígena.   Portanto, medidas são necessárias para a resolução do impasse. Deve-se criar uma lei de punição para grandes empresários agrícolas que não respeitarem a demarcação de terras indígenas. Além disso, se faz necessária ações conjuntas entre o MEC e a FUNAI em colocar no currículo escolar a história indígena, com a finalidade de desmitificar estereótipos e conservar a cultura dos nativos.