Enviada em: 10/07/2017

“Quem me dera, ao menos uma vez, ter de volta todo o ouro que entreguei a quem conseguiu me convencer que era prova de amizade”. Nos anos de 1500, com a colonização do que viria a ser o território brasileiro, já foi possível verificar o tratamento dos colonos para com os indígenas: o povo que precisava ser civilizado. Logo, com a escravidão indígena e a futura tentativa de catequização, ficou evidente que a cultura e sociedades indígenas sofreriam consecutivas tentativas de serem apagadas da história, incorporados a outros empecilhos que viveriam no decorrer dos anos.              Em princípio, verifica-se tal questão do tratamento recebido pelos indígenas em nossa presente sociedade. Apesar de vivermos séculos pós colonização, ainda é possível deparar-se com um grande preconceito em relação a esses grupos. Mesmo possuindo a maior diversidade cultural dentro do território nacional, eles permanecem sendo tratados como seres inferiores e a constante intolerância faz com que, em muitos casos, os índios acabam sendo vítimas de intensa violência. Assim, é preciso reforçar que eles devem ser respeitados, juntamente com sua cultura, por todos.            Além disso, há também a questão relacionada à demarcação de terras indígenas. Embora tenham sido os primeiros habitantes de nosso território, hoje eles lutam por uma pequena parcela do espaço nacional, suficiente para o desenvolvimento de seu subsídio e uma vida que possam preservar seus valores. Tendo-se em vista que o Brasil é um país agroexportador, o direcionamento de terras aos indígenas é visto, pelo Estado, como uma barreira ao crescimento econômico, mesmo com o país possuindo a maior reserva de terras agricultáveis do mundo. Logo, é inegável que as sociedades indígenas enfrentam uma questão preocupante desde os primórdios da formação de nossa nação.               Portanto, cabe ao Estado, especificamente à FUNAI, realizar fiscalizações constantes com relação ao cumprimento das leis referentes aos direitos dos índios, bem como garantir que os índios tenham suas terras demarcadas e respeitadas. Também é papel da escola e da família, o desenvolvimento de cidadãos que respeitem as diferenças, por meio da promoção de campanhas de socialização e compreensão da cultura indígena, a fim de buscar um mundo igualitário.