Enviada em: 19/05/2017

Historicamente o índio brasileiro passou por inúmeras explorações e abusos, desde a chegada dos europeus à América portuguesa em 1500 até os dias correntes. Antes, o país abrigava mais de mil povos indígenas, no entanto, hoje esse número se reduz a menos de trezentos, causando uma notável perda cultural e histórica.  Em contraste ao desenvolvimento, tribos lutam pela demarcação efetiva das suas terras para protegê-las do agronegócio, da extração de recursos naturais como o ato do garimpo e o corte de árvores para indústrias madeireiras e até mesmo protestam contra obras energéticas, por exemplo, a hidrelétrica de Belo Monte por alagar áreas de floresta e modificar a população aquática do rio Tapajós interferindo no ecossistema e no meio de subsistência dos agrupamentos indígenas. Segundo o relatório "Violência contra os povos indígenas no Brasil', elaborado e divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), houve um aumento de 130% de mortes indígenas em 2014, além disso a BBC complementa ao afirmar que 40% dos óbitos desde 2007 foram de crianças. Além de resistirem contra a violência eles passam por precárias circunstâncias de saúde nas quais predominam doenças facilmente evitadas como infecções. A pressão da violência aliada às péssimas condições motivam por vezes o suicídio e a migração para às cidades, onde estes encontram vastas dificuldades até passarem pela aculturação.  Partindo da ideia de Thomas Hobbes  ao afirmar que o homem é o lobo do homem, pode-se notar que esta está cristalizada na contemporaneidade , onde os interesses pelo progresso vitimizam grupos indígenas. Logo, medidas devem ser tomadas como a melhor fiscalização e aceleração na demarcação de áreas indígenas pelo governo, assim como maior incentivo a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) pra que esta em parceria com o Ministério da Saúde intensifique o atendimento para tribos isoladas melhorando a qualidade de vida nas aldeias.