Enviada em: 19/05/2017

A diversidade de povos é importante para qualquer nação, porém, junto com ela vem a responsabilidade do Estado de preservar as diferentes culturas e garantir que suas necessidades básicas sejam atendidas. Infelizmente, não é isso que os índios brasileiros vivenciam na prática.  No Brasil colonial, os nativos foram caçados e capturados por bandeirantes para a escravidão, contribuindo assim com a sua dizimação. De mais de 7000 tribos existentes no país antes da chegada dos portugueses, hoje existem apenas cerca de 300 etnias, protegidas pela Funai (Fundação Nacional do Índio) enquanto lutam para se manter em terras cedidas a eles pelo governo.   Apesar de envolvidas em diversas controvérsias, a FUNAI vem tendo sucesso em seu desempenho com relação a proteção do indígena, mesmo quando muitos deles preferem migrar para grandes centros urbanos em busca de melhor qualidade de vida, onde, embora ainda seja pequena, já existem registros de indígenas formados em grandes universidades e inseridos na sociedade.   Atualmente, uma lei que garante a desapropriação de terras, com devida indenização ao dono, para o desenvolvimento de reservas indígenas, vem sendo criticada por grandes proprietários de terra e empresas mineradoras que visam a exploração de terras dos índios, visto que tal área possui um enorme grau de preservação.  Sendo assim, é explícita a necessidade da mobilização social em prol dos indígenas, que sofreram a formação do Brasil injusto e genocida. Para isso, mais verbas poderiam ser destinadas à FUNAI para que haja melhor desempenho de suas funções, além de maior fiscalização desse mesmo órgão para que as reservas não sejam prejudicadas. Em complemento, parcerias público-privadas podem ser feitas entre empresas comprometidas em projetos sociais e o Ministério da Cultura, que tenham o objetivo de zelar pela proteção ao nativo ao invés de sua exploração.