Enviada em: 21/05/2017

No século XVI, Pedro Vaz de Caminha ao chegar em terra brasileira, escrevia uma carta a Portugal contando sobre a presença de um povo que, sob os olhares europeus de soberania, precisava ser civilizado: os índios. Os povos indígenas, então, uma vez despidos de voz e terra, continuam, dia após dia, sendo dizimados. É preciso mudar e repensarmos a nossa posição em relação aos índios.        Na década de 70 foi criado o estatuto dos índios onde em seu artigo 1 dispõe, o seu propósito de preservar a sua cultura e integra-los, progressivamente e harmonicamente, a comunhão nacional. De forma inédita passaram a ser protegidos por lei ao mesmo tempo que sobrepunham o nacionalismo brasileiro a sua cultura. Essa situação começa a mudar em 1988, com a constituição, resguardando aos índios sua cultura e os direitos sobre suas terras, estabelecendo novos marcos para relações, entre o estado, a sociedade brasileira e os povos indígenas.     Entretanto, no século XXI, mesmo tendo seus direitos defendidos por leis, ainda cabe a União demarcar seus territórios, transformando os em reservas indígenas. Apesar do trabalho das Fundação Nacional do Índio e das ONGs, existem sérios problemas relacionados a demarcação de terras frente a estrutura latifundiária brasileira e a população ainda luta pelo reconhecimento de seu território e, consequentemente para manter os seus costumes.     Fica evidente, portanto que a cultura indígena, assim como seu território e a preservação de seus costumes, ainda precisam de proteção. Para reverter esse cenário, o estado brasileiro deve lutar junto com o Ministério da Educação introduzindo no currículo escolar o ensino da história e cultura indígena, assim como vem sendo realizado com a cultura afro brasileira. Desta forma com o empenho político da sociedade, junto com a FUNAI e ONGs assegurando os direitos garantidos pela constituição, os índios vão parar de ser lembrados apenas uma vez ao ano.