Enviada em: 29/05/2017

O Brasil contemporâneo é o país mais indígena da América do Sul. Nesse sentido, é possível afirmar que a população indígena cresce a cada ano e possui necessidades e carências específicas. Isso se evidencia não apenas pela constante invasão de suas terras por garimpeiros, mas, também, pela falta de efetivas políticas públicas quanto sua integração na sociedade.      No que se refere à ocupação de terras indígenas, as empresas mineradoras e madeireiras têm sido as principais "burladoras" das leis que regem a Constituição de 1988, devido ao desrespeito quanto sua indevida exploração. Além disso, a história mostra com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) que 65% do povo indígena vive, principalmente, em aldeias na Amazônia Legal e no Nordeste. Contudo, essa constituição não tem sido suficiente para evitar abusos contra os direitos dos índios, o que leva o Legislativo a repensar novas leis.      Ademais, poucos índios estão totalmente integrados à sociedade. Segundo a revista Ciência e Cultura UNICAMP, 40% vivem isolados, ou seja, possuem restrito contato com outras populações; 31% estão em processo de integração, enquanto somente 29% desses habitantes adquiriram capacidades cíveis, como o direito ao voto. Esses últimos contribuem com decisões sobre sustentabilidade, além de compartilhar importantes aspectos da medicina alternativa, como chás e ervas.      Assim sendo, fica evidente a indispensabilidade de integrar todos os índios à sociedade. Logo, é primordial que a FUNAI e o Governo Federal  mapeiem todas as terras indígenas, mediante auxílio de engenheiros cartográficos, a fim de vigiar pontualmente todas as terras demarcadas, o que deve evitar novas invasões. A sociedade, por sua vez, deve educar seus filhos sobre os valores e costumes indígenas, por meio de visitas aos museus do índio em todo o país, com o fito de ensiná-los que diferença cultural jamais significa inferioridade e, também, para que haja a preservação das tradições da primeira população brasileira.