Desde o início quando descobriu-se as terras do Novo Mundo, o índio teve sua cultura negligenciada. Suas riquezas naturais foram cobiçadas e exploradas para satisfazer mercados europeus. Hoje, os índios ainda sofrem com o olhar obstinado de empresas em relação às terras que lhe foram asseguradas. Os problemas enfrentados atualmente pela população indígena são frutos de uma colonização exploratória a qual foram submetidos. Surgiram no decorrer do tempo muitos atores que contribuíram para a intensificação desses problemas — latifundiários, mineradoras, madeireiras, garimpeiros — que relacionam-se com a ocupação dos índios em terras visadas pelo potencial econômico que abrigam. É o caso, por exemplo, de empresas mineradoras; cerca de 49,3 % dos processos relacionados a exploração do minério, entre 1969 e 2016, foram incidentes sobre terras indígenas, sobretudo no Pará. O crescimento e as transformações econômicas que o Brasil sofreu e vem sofrendo é um dos fatores relacionados à manutenção desse conflito. Todo e qualquer procedimento invasivo no meio ambiente irá afetar direta ou indiretamente a vida dos que vivem em seu meio. Tratando-se do povo indígena, os desafios à sua sobrevivência são diversos. Dizem respeito tanto a subsistência de sua cultura quanto a subsistência das próprias tribos,que em decorrência desses procedimentos estão passíveis de viverem na miséria. Tomemos como exemplo a construção da hidrelétrica de Belo Monte, a qual impactou a vida dos que sobrevivem da pesca no rio Xingu. Dessa forma, é necessário que antes de qualquer intervenção ambiental, o Ministério do Meio Ambiente em conjunto com a FUNAI assegurem, antes de tudo, a integridade física e cultural do povo indígena, estabelecendo políticas efetivas contra possíveis empresas exploratórios e que haja uma fiscalização mais dura por parte do governo, em relação a empresas que já estão nessa condição exploratória, visando assegurar a manutenção da sobrevivência plena dos índios.