Segundo Lévi Strauss, a ideia de civilização implica a coexistência de segmentos marcados pela diversidade, ou seja, o melhor da sociedade é justamente essa coalização de culturas que interagem entre si. Partindo desse pressuposto deve-se perceber que, a sociedade contemporânea têm caminhado ao contrário desse postulado. Considerando-se que, a construção sócio-cultural do Brasil foi marcado pela desigualdade e hierarquia com os indígenas, o que resultou na fragilidade de seus direitos e tradições. Em uma primeira abordagem, vale-se destacar que, o principal enfrentamento pelos indígenas na atual conjuntora é a demarcação de suas terras. Segundo a teoria de direito do filósofo Kant, o conceito de justiça está relacionado a não deixar que a ação de uma pessoa invada a liberdade de outra. Seguindo a linha desse pensamento, percebe-se que a Constituição ao impedir a liberdade de poder dos indígenas sobre suas terras se torna injusta e limita os princípios éticos e morais desses indivíduos. Logo, é preciso admitir que a alegação de uma sociedade conscientizada se tornou uma maneira hipócrita de esconder os descaso da fragilidade dos indígenas com seus territórios. Ainda, deve-se frisar a debilidade cultural desses povos. De acordo com o sociólogo Skinner, é necessário conhecer a cultura na qual um indivíduo nasce, já que essa é composta por todas as variáveis que o formam. No entanto, o sistema educacional não demonstra aos alunos a importância das tradições indígenas ao longo da história e a promulgação de respeito com o grupo étnico. Consequentemente, a geração futura se caracterizará pela desvalorização de suas crenças e tradições. A escola enquanto Instituição precisa compreender que a sociedade é dinâmica e assim, transmutar o desnivelamento cultural e simbólico que ainda habita o ensino brasileiro. Destarte, desprende-se que é preciso medidas concretas para o problema e não um belo discurso. Assim, a Legislação em conjunto com Fundação Nacional do Índio deve proibir a demarcação e exploração de terras indígenas e colocar como prioridade nos processos judiciais. Ainda, o Governo Federal deve aumentar a fiscalização de áreas preservadas e limitar a fronteira agrícola por meio de incentivos fiscais. Ainda, o Ministério da Educação deve promover a apresentação cultural desse grupo nas escolas e adotar no currículo escolar a história sobre a valorização de seus costumes. Quem sabe, dessa forma, o entretenimento de civilização proposto por Lévi- Strauss poderá ser alcançada na sociedade.