Enviada em: 28/06/2017

Quando os portugueses chegaram nas terras brasileiras, houveram diversos relatos sobre a impressão que eles tiveram dos povos que aqui habitavam, o que inclui a carta de Gandavo, a qual dizia que os nativos não possuíam "nem Fé, nem Lei, nem Rei" por terem religiões e governos diferentes do modelo português. Tal pensamento ainda é vivenciado ao valorizar a cultura europeia em detrimento da indígena e isto colabora para a persistência da violência e do preconceito.    As práticas e os ideais comuns dos povos indígenas foram desvalorizados e tratados com estranheza com o passar dos anos. Durante a época do Brasil Colônia, os portugueses tinham como missão catequizar o povo que não possuía esta crença e, a partir disto, muitas religiões de diferentes tribos não foram passadas para outras gerações, o que contribuiu para a extinção destas, mesmo que tais práticas sejam fatores importantes para a miscigenação que há no Brasil.     Consequentemente, parte da cultura que dá origem a identidade brasileira tornou-se, de certa forma, rejeitada. Com isso, é comum a ocorrência de casos de violência contra indígenas, não só física mas também verbal, além de diversas terras destes povos não serem reconhecidas oficialmente desta maneira, o que força os mesmos a abandonar seus hábitos e, muitas vezes, suas tribos. Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontam que menos de 1% da população brasileira de 2010 era indígena.        Em resumo, com o enaltecimento da cultura europeia, os costumes nativos tornaram-se alvo de desprezo. Portanto, faz-se necessário uma ação mutualística da família e da escola para que crianças sejam ensinadas sobre o papel do índio na formação do Brasil, além da divulgação na internet dos projetos de ONGs que valorizem práticas indígenas, enquanto o Poder Legislativo tem o papel de aprovar leis mais rígidas a fim de garantir o direito dos índios às terras.