A visão dos portuqueses, que colonizaram o Brasil, perante os índios era de que tal povo precisava sofrer um processo de civilização nos padrões europeus. Isso gerou um genocício populacional e cultural desses povos, infelizmente praticamente nada mudou daquele período paro os dias atuais, pois os nativos ainda precisam lutar para manterem suas culturas e terras. Os costumes religiosos, festivos, culinários e de organização social de centenas de povos -todos diferentes entre si- é visto apenas como "cultura de índio". tal generalização é um verdadeiro pecado social, pois inibe a mútua compreensão e a troca de experiências culturais entre os indígenas e o restante da sociedade. A questão cultural não é, contudo, o único problema, a falta de fiscalização nas reservas indígenas abre caminho para que garimpeiros, madeireiras e pecuaristas invadam essas áreas e expulsem os verdadeiros donos -os índios. Além disso, outros fatores que ameaçam as terras indígenas são as obras públicas mal planejadas, que em nome da economia, ferem a soberania desse povo sobre seus domínios territoriais. Um exemplo desse fato é a usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, em que a área de alagamento da represa ocupa grande parte de uma reserva. Em suma, é necessário garantir a preservação da cultura de cada povo de forma individual, além de soberania sobre suas reservas. A questão cultural pode ser contornada por meio de ações de ONG´s que visem resgatar os diferentes costumes de cada povo e apresentá-los as comunidades vizinhas a fim de criar vínculos sociais entre as diferentes realidades. Com relação às terras, cabe ao Governo Federal aumentar as fiscalizações sobre as reservas para impedir novas invasões.