Enviada em: 04/08/2017

No limiar do século XXI, em um país considerado laico e líder de uma pluralidade sociocultural, o cenário ainda requer um olhar cêntrico concernente ao índio brasileiro. Isso porque mesmo com 300 anos após a alarmante situação histórica no período colonial, os nativos são alvo de desrespeito e intolerância, rompendo o paradigma harmônico de laicidade no Brasil. Nesse contexto, há fatores os quais permanecem negligenciados pela democracia nacional, exigindo diretrizes para combater o impasse, como as demarcações territoriais e a discriminação cultural.      Em primeira análise, cabe pontuar que, muitas vezes, tribos de origem gentias são repudiadas ao exercer seus direitos cidadãos, principalmente, quando se trata da posse de terras, uma vez que segundo estatísticas da APÚBLICA, 98% das áreas nativas são localizadas na Amazônia. Com isso, devido aos recursos naturais - hídricos e ambientais -, se tornam primeiro plano para as empresas capitalistas que, repetidamente, não respeitam os direitos sociais dos indígenas e exercem o caráter hediondo de violência para expulsar os indivíduos. Isso pode ser exemplificado com o noticiário apresentado em 2013, o qual mostrou à morte de um integrante de etnia terena que lutava em favor de seus direitos territoriais.      Ademais, convém frisar sobre a discrepância da pluralidade cultural dos indígenas no Brasil. Na célebre carta histórica produzida pelo escrivão Pero Vaz de Caminha foi relatada sobre os índios, um estereótipo selvagem e de difícil entendimento alusivo à língua nativa, concretizando o desrespeito aos mesmos. Mediante isso, a quebra desrespeitosa dessa aglutinação referente aos dogmas e idiomas dos gentios, hoje, persiste em continuar na sociedade, uma vez que à língua brasileira é considerada oficial, enquanto a dos indígenas é referenciada a um dialeto e parte apenas de um folclore, lembrado e comemorado por todos apenas no dia 19 de abril - dia do índio.      Dessa forma, ficam claros os reais motivos no que tange a falta de harmonia com às tribos indígenas na gloriosa " Pátria Amada", fazendo-se necessárias soluções para reverter a problemática. Para isso, cabe ao governo, junto com a FUNAI, persistir em leis que impeça o avanço capitalista sobre regiões demarcadas por grupos indígenas, a longo prazo, por meio da fiscalização em locais com risco de invasão antrópica, visando respeitar o direito dos povos que habitam no local. Além disso, é imprescindível, a curto prazo, que às instituições de ensino e à mídia promovam a proliferação da cultura de matriz gentio desde a fase mais tenra e precoce da vida de um aluno e cidadão, através de palestras com secretários da saúde e figuras nativas, além de novas propagandas por parte da mídia, informando sobre ás variáveis línguas e etnias, a fim de fomentar o conhecimento da temática à todos.