Enviada em: 04/10/2018

Com o desenvolvimento, no fim do século XX, da Terceira Revolução Industrial, o mundo se tornou amplamente interconectado, contudo, com a grande criação de tecnologias, fato inerente ao período mencionado, as pessoas passaram a interagir com os valores e costumes de outros povos. Com isso, muitos benefícios sociais surgiram, no entanto, alguns problemas se tornaram latentes, principalmente no que concerne ao aumento das influências das ações grupais sobre a consciência individual.   Nesses termos, Hugo von Hofmannsthal, um famoso dramaturgo australiano, afirmava que nada está na cultura de um país que antes não figurasse nas suas produções artísticas. Dessa forma, é possível afirmar que as deficiências presentes na ética nacional já foram representadas criticamente por diversos autores da literatura brasileira. Como prova disso, Machado de Assis, em sua obra "Teoria do Medalhão", escrita no século XIX, já mostrava traços maléficos presentes nas idiossincrasias do povo brasileiro, como, por exemplo, o abandono da essência e do caráter pessoal em troco de reconhecimento social e riquezas.    Supracitado alguns dos pontos integrantes da temática proposta, vale ainda frisar os efeitos que a ubíqua dissipação das más ações podem exercer sobre as futuras gerações no Brasil. Émile Durkheim, um sociólogo francês, afirmava que os fatos sociais são coisas que atuam e coagem os indivíduos, modelando a formação da suas consciências. Assim sendo, o pensador, expressando sua visão de mundo, expôs a forma com que o social pode atuar sobre a mente, principalmente de pessoas que, estando em estágios iniciais de vida, não possuem o discernimento nem a maturidade suficiente para selecionar as influências do meio sobre si próprias.     Dessa forma, faz-se indispensável a ação governamental para o sanar dos problemas mencionados nos autos. Assim, Jeremy Bettham, um filósofo político britânico, dizia que as boas políticas são justamente aquelas cuja sua vigência causaria a maior quantidade de felicidade possível. Logo, o Governo Federal pode prestar incentivos fiscais para clínicas de psicologia que se dispuserem em se empenhar na realização de palestras públicas sobre as consequências da perda da personalidade individual, com o intuito de instruir as pessoas a não se deixarem envolver com as pressões de grupos sociais. Ademais, o Ministério da Educação deve implantar no calendário escolar federal de ensino primário a prática de valores que são historicamente bem vistos na sociedade, como, por exemplo, o respeito aos pais e com as leis de Estado, com isso, as crianças cresceriam com uma capacidade cidadã mais sólida e não seriam coagidas negativamente pelas influências externas.