Enviada em: 14/10/2018

O filósofo iluminista Jean-Jacques Rousseau defende o conceito de Homem Natural. Ou seja, para ele, o indivíduo nasce bom, cheio de potencialidades que, por meio da educação, podem ser moldadas. Porém, o homem está sempre sob o jugo da vida em sociedade, logo, encontra-se predisposto à depravação. Ademais, devido ao sentimento de individualismo existente na sociedade contemporânea, os indivíduos colocam-se a frente à ética nacional a fim de beneficiarem-se. Portanto, faz-se necessário resolver tal impasse.          Nesse âmbito, vale elucidar que, na sociedade capitalista, o sucesso financeiro é supervalorizado e utilizado como parâmetro para medir qualidade de vida. Sendo assim, os seres humanos vivem em uma eterna corrida pelo lucro, utilizando de recursos e manobras, muitas vezes ilícitas e imorais -como a corrupção-, para conquistar tal extrato social. Dessa maneira, a ascensão social é colocada a priori às relações humanas, visto que essas não culminam no sucessos financeiro. Em suma, o individualismo das pessoas contribuí para o enfraquecimento da ética nacional.          Ademais, é necessário mencionar o atual cenário do Brasil, o qual encontra-se polarizado devido as eleições presidenciais. Consoante a Constituição Cidadã de 1988, todos os brasileiros apresentam direito à liberdade, à vida e, além disso, crimes de ódio contra negros, índios e outras etnias são considerados crimes. Entretanto, apesar disso, houve um aumento exponencial na disseminação de violência, ódio e racismo nessas eleições, visto que um dos presidenciáveis apresenta discursos extremamente ricos em tais mazelas. Além disso, a intolerância também foi bastante difundida, pois o narcisismo das pessoas os impede de compreender diferentes realidades. Logo, é evidente que tal atitude rompe com a ética nacional.            Sendo assim, urge que medidas sejam tomadas. Coibe ao Ministério da Educação e Cultura incentivar, nas escolas, por meio de mudanças na estrutura educacional, a educação humanitária, a fim de garantir que todos os indivíduos sejam igualmente respeitados independente da cor, sexo, opção sexual e religião. Além disso, a educação não deve ser fundamentada, exclusivamente, na formação para o mercado de trabalho, sendo assim, a ascensão social deixará de ser colocada a priori às relações humanas. Outrossim, o Governo Federal precisa fiscalizar as candidaturas de políticos que apresentem discursos que ferem os direitos humanos para evitar o aumento dos crimes de ódio,  além de ter o respaldo da Polícia Federal para penalizar àqueles que forem intolerantes aos demais indivíduos e romperem com a ética nacional.