Enviada em: 16/10/2018

A ética pode ser intitulada como a inteligência compartilhada à serviço do aperfeiçoamento da convivência, deste modo, cabe ao indivíduo inserido em determinada sociedade deliberar de acordo com o bem maior. Entretanto, com o surgimento de uma sociedade contemporânea a qual os seres são dotados de extremo egoísmo, é imprescindível que esse cenário mude em prol de uma evolução moral.    É nítida a constatação de vivemos um período a qual o valor da ação se encontra no fim, ou seja, os meios necessários para alcançar tal objetivo serão validados de acordo com a meta alcançada. Deste modo, se o fim foi alcançado o valor da ação foi bom, Dotados de tal ética pragmática, a sociedade desenvolve um egoísmo sem precedentes que de fato é incentiva pela falta de um desenvolvimento educacional digno. Com o sucateamento da nossa escolaridade, é de esperar que no campo da ética, que é pensamento sobre a vida, houvesse uma deterioração.     De acordo com o filósofo polonês, Zygmunt Bauman, vivemos a chamada modernidade líquida, ou seja, nosso valores já não são mais sólidos, eles se adaptam em qualquer meio que seja desejado. Por conseguinte, fica evidente que o valor por trás das nossas ações são caóticos e não regidos mais por uma consciência moral desenvolvida ao longo da nossa história, mas pela necessidade de adaptação ao meio que o indivíduo se encontra, deste modo, a deterioração da ética, como pressuposto para uma vida em bem com o próximo, caí por definição o que em um âmbito nacional que nos encontramos hoje representa um enorme retrocesso.   Assim instituído, é imprescindível que o governo priorize o desenvolvimento educacional de qualidade desde a educação básica, permitindo que nossas crianças, que comandarão o país daqui alguns anos, possam a vir dotados de uma ética sólida que priorize a fraternidade com o próximo como bem maior a ser alcançado.