Enviada em: 06/05/2018

Assaltos. Assassinatos. Sequestros. Todos os dias as notícias nos jornais evidenciam que a violência é algo rotineiro e a sensação de insegurança tornou-se permanente. Esse contexto gera debates  sobre o armamento civil, o que diminuiria a falta de segurança e,mais ainda, a sensação de impotência do cidadão. No entanto, esse recurso se mostra eficiente somente na teoria, já que na prática, não solucionaria o problema, gerando outros mais preocupantes.           É importante, primeiramente, pensar que a questão da violência no Brasil é muito mais profunda e está calcada em outras questões como a desigualdade social, o sucateamento da educação pública e o mau tratamento que o tráfico de drogas recebe. Isso significa dizer que armar a população não resolve nem um terço do gigante problema, já que o indivíduo que comete o crime representa somente a ponta do iceberg. Defender-se de um assalto, por exemplo, não significa, necessariamente, estar seguro uma vez que, a insegurança não é causada por crimes isolados, mas por uma estrutura que o sustenta.          Além disso, quando é analisado as possíveis consequências desse recurso, uma série de mazelas agravariam o estado de violência, já que a arma seria usada em outros contextos além de defesa pessoal. A exemplo o massacre em Realengo, em 2011, no qual uma pessoa portadora de sérias pertubações mentais executou 12 crianças com um revolver. Logo, a sociedade civil precisa entender que ter uma arma em casa fornece uma falsa sensação de  segurança e que facilitar o acesso da população não é uma boa alternativa.           Fica claro,portanto, que o armamento de civis não deve ser uma opção a ser considerada, já que se mostra um recurso perigoso e nocivo a toda a sociedade, além de não apresentar uma solução para o problema da violência. Desse modo, cabe ao Estado buscar resolver a questão desde a raiz, atacar as causas por meio de uma educação pública de qualidade e de políticas sociais. Só assim deixaremos de mascarar o problema  e passaremos a solucionar.