O personagem "Batman" das histórias em quadrinhos é um milionário que possui o desejo de fazer justiça com as próprias mãos após presenciar o assassinato dos seus pais na infância. No Brasil, fazer justiça com as próprias mãos é uma realidade e aspiração do porte de armas legal é um grande problema quanto a isso. Primeiramente, é preciso ressaltar que o atual cenário do sistema judiciário brasileiro é bastante falho. A demora em julgar os casos que lhes são encaminhados tem contribuído para que haja um descrédito por certa parcela da população. Em razão disso, a solução encontrada por muitos foi a criação de um júri popular. Os denominados ‘’justiceiros’’ assumem o papel da polícia e da justiça, caçando, sentenciando e penalizando os que cometem infrações. E fazer justiça com as próprias mãos configura-se como uma prática ilegal, uma vez que somente compete às autoridades constituídas aplicar medidas punitivas. Além disso, as falhas da democracia brasileira é um outro problema. Levando em consideração que a soberania popular só é efetiva quando se há o acesso às informações e à educação de qualidade, haja vista que grande parte dos aspirantes da legalidade das armas não sabem das possíveis consequências dos uso popular da arma de fogo e desconhecem os processos de obtenção armamentista. Desse modo, segundo o ideal de Thomas Hobbes, a intervenção estatal é necessária como forma de proteção dos cidadãos de maneira eficaz. Fica claro, portanto, que medidas precisam ser tomadas. Desse modo, o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Educação, deve ampliar a fiscalização e aplicação das verbas nas escolas de nível básico nos municípios do Brasil, cobrando palestras e campanhas que retratem os números de violência no Brasil. Isso poderá ser feito por meio da promoção do contato entre estudantes e policiais, retratando documentários nas palestras a respeito dos processos da legalidade das armas a fim de que percebam que o porte de armas no Brasil prejudicaria e não ajudaria.