Enviada em: 27/12/2018

É notório que a legalidade do porte de armas é uma discussão extremamente complexa, e que há sucesso tanto nos países que são a favor da liberação, como a Suíça, quanto nos que não aprovam, caso do Japão. Sendo assim, em 2003 o Brasil convocou a população para decidir entre o "sim", para proibição, e o "não", para a liberação do porte de armas. Sabe-se que o Estatuto do Desarmamento foi criado para melhorar a fiscalização e o controle de armas de fogo, entretanto não passou nem perto disso, e a proposta de reduzir a quantidade de homicídio advindo dessas armas é um fracasso. Podendo ser comprovado através de dados estatísticos, afinal após criação do Estatuto em 2004 tínhamos 34.187 homicídios com arma de fogo e dez anos depois tivemos 42.291. Logo, em posse dessas informações podemos reavaliar a política de proibição, afinal esse não é o elemento causador dos homicídios, mas sim a educação doméstica e acadêmica, o desemprego e o contato com drogas, pois esses são os principais fatores similares, encontrados nos perfis dos homicidas. Há também uma outra linha de pensamento, a dos que são a favor da proibição, pois alegam que: “quem tem arma em casa está dormindo com o inimigo”. O "sim" acredita que apenas os policiais, possuem treinamento, tanto técnico quanto psicológico para manipular armas, diferentemente de um civil que não possui as mesmas competências. Sendo assim, os civis estão muito mais suscetíveis a acidentes por meio de brincadeiras de crianças com as armas dos pais; ou até mesmo os adultos em situações de ira ou fúria, acabam agindo de maneira impulsiva e irracional; ou em momentos de depressão, podem ocasionar num transpasso dos limites e cometer tragédias irreversíveis, como a da Catedral de Campinas - SP. Como se vê, não há uma convicção sobre a proibição ou liberação, pois como podemos perceber tanto o “Não” quanto o “Sim”, possuem pontos relevantes. Porém, é preciso que Estado, crie critérios de concessão rigorosos para gabaritar aqueles que desejam ter o porte de arma, através de aulas práticas e teóricas sobre a responsabilidade que carregam.