Enviada em: 26/01/2019

A propagação da criminalidade aumenta o medo da população, que além de muros e cercas elétricas, acredita que portar uma arma de fogo em casa vai garantir mais segurança. De fato o Brasil é um país violento, não só nas ruas, mas também ao votar, ao torcer pelo seu time ou apenas ao dirigir pelo trânsito caótico do país. Contudo, faz-se necessário a adoção de políticas de paz que contribuam para amenizar os índices de violência.        Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o 11º lugar do ranking de homicídios. Apesar de ser um índice alto, ele já foi pior antes da aprovação do Estatuto do desarmamento ocorrida em 2003. Diante desta informação é um equívoco pensar que a facilidade em portar uma pistola aumentará a segurança. É preciso ir adiante com o Estatuto em busca da paz e aprimorá-lo para restringir a circulação de armas na sociedade.         Além disso, conforme Andrés Villaveces, especialista em segurança do Banco Mundial, portar uma arma nos Estados Unidos aumenta em mais de três vezes as chances de suicídio e em mais duas vezes o risco de homicídios. Isto representa o surgimento de outras problemáticas graves vinculadas à posse de armamento. Não obstante, pistolas e fuzis estão entre os bens mais valorizados por ladrões, ocasionando assim a tendência no aumento de roubos em bairros com predomínio de residências com cidadãos armados.       Portanto, é possível inferir que uma sociedade armada é mais violenta. E para combater este avanço da violência é necessário implementar o Estatuto com mais vigor e reforçar a Segurança Pública por meio do Estado através de campanhas contra o armamento e melhorias na estrutura da polícia e investigação a fim de amenizar os índices de hostilidade no país.        Ademais, é necessário criar um sistema nacional integrado de dados sobre crimes e circulação de armas pelo Ministério da Justiça, através das instituições nacionais como a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) com o intuito de elaborar políticas públicas baseadas em evidências. Por fim, estas ações promoverão o progresso de uma sociedade mais segura e a inviolabilidade do direito à vida.