Enviada em: 08/03/2018

A tomada da Bastilha -um antigo arsenal de armas francês- foi o marco da Revolução Francesa em 1789, onde a população, revoltada com o governo, tomou posse de armas de fogo e iniciou o que seria a passagem da Idade Moderna para a Contemporânea. Nesse sentido, no Brasil -pós anos 2000-, o porte de armas entra em pauta para sua legalização ou proibição, onde gera divergências devido à instabilidade político-social e a insegurança pública vigente na nação.    A falta de investimentos em educação é realidade no Brasil desde seus primórdios. Entretanto, o défict educacional da população é percebido de maneira mais severa em tempos de instabilidade política, principalmente após o impeachment da ex-presidenta Dilma Rouseff, em 2016, que dividiu o país em dois grandes grupos, a esquerda e a direita. Assim, conflitos entre os cidadãos são verificados em diversos aspectos, nas redes sociais as agressões verbais, na vida real agressões físicas e psicológicas, onde uma simples colisão no trânsito é motivo para, até mesmo, assassinato, principalmente se o agressor portar uma arma de fogo, como o ocorrido na capital de São Paulo, em fevereiro de 2018, segundo o website "oglobo". Evidenciando que a liberação do porte, no momento atual, não seria a escolha mais adequada.    Porém, o movimento de civis que apoia o porte legal ganha força em meio à insegurança pública, devido à alta criminalidade. À exemplo da cidade do Rio de Janeiro, em 2018, onde foi necessário o apoio das forças armadas do exército para ajudar na segurança, pois nem mesmo a polícia estava conseguindo reagir. Assim, ganham apoio os discursos pró-legalização, em meio ao caos social e político. Em contrapartida, países desenvolvidos como a Noruega aboliram o porte de armas até mesmo para policiais, segundo o website "BBC",  evidenciando que o armamento da população não é a solução para o problema e sim investimentos de base em educação, saúde e segurança, gerando a homeostase social e apaziguando o caos.    Fica evidente, portanto, que o porte de armas no Brasil não deverias ser permitido, visto a situação social e divergências atuais. Hobbes afirmava que "O homem é o lobo do próprio homem", por isso, necessita-se que o Estado -Câmara dos Deputados e Senado Federal- não aprove os projetos de lei em tramitação que buscam legalizar o porte de armas. E que o mesmo, através de ajuda com o Banco dos BRICS, destine mais recursos à educação, saúde e segurança, para que o país abandone a categoria subdesenvolvida e passe a ser desenvolvido, elevando seu IDH e indicadores sociais, não necessitando, devido à educação e segurança, que o cidadão tome posse de armas.