Enviada em: 14/06/2019

Com os avanços da medicina, do saneamento básico e da urbanização após a Segunda Guerra Mundial, a população global apresentou uma queda na taxa de mortalidade e por consequência um aumento significativo no número de pessoas. Enquanto em 1950 o mundo abarcava cerca de 2 milhões de pessoas, em 2019 esse número alcançou a marca de 7,7 milhões, de acordo com a ONU. É indubitável que o aumento de pessoas fez o acúmulo de lixo se tornar mais grave e é um problema que atinge o Brasil, devido ao seu número de habitantes. Nesse cenário, o uso de materiais sustentáveis, a reutilização de produtos e o seu devido descarte faz-se necessário.    Cabe analisar primeiramente o aumento na demanda de produtos como um todo para atender a população e maior produção de rejeitos. No Brasil, existe cerca de 209 milhões de pessoas, colocando o país em 5° lugar no ranking populacional mundial e em 4° lugar em produção de lixo, segundo a WWF. O rio mais poluído do Brasil possui 1.136 quilômetros e tem 690 toneladas de esgoto sendo despejadas diariamente. Atualmente, metade da população brasileira ainda não possui sistema de saneamento básico. Além disso, são mais 11.300 toneladas produzidas pelo país e somente 1,28% são reciclados. Fica claro, portanto, que o país deve investir mais em soluções para esses problemas.     Evidencia-se, além disso, os problemas que o uso em grande escala do plástico e o seu fim após utilizado apresentam. São mais de 2,4 milhões de toneladas de plástico descartadas de forma irregular. O recurso vindo do petróleo possui um tempo de decomposição de 400 anos e compõe boa parte dos produtos consumido pela população, como embalagens de comidas e utensílios descartáveis. O uso maciço desse material se deve à dependência das indústrias por conta do baixo custo, à sua resistência e maleabilidade, mas causa sérios danos ao planeta. Segundo o Fórum Econômico Mundial de Davos, em 2050 haverão mais plásticos do que peixes nos oceanos, interferindo de forma negativa na biodiversidade animal e na saúde humana.     É seguro afirmar, portanto, que o lixo é uma ameaça até para os seres que o produz, os humanos. Em vista disso, o governo, através da mídia e com o apoio de Ongs, deve incentivar a coleta seletiva de produtos recicláveis, investir mais em usinas de compostagem e em aterros sanitários. Diminuindo, assim, os danos causados à natureza. Cabe à população, incentivada por palestras nas escolas e universidades, evitar mais lixo utilizando Ecobags e reaproveitando embalagens plásticas, por exemplo; e às indústrias utilizarem materiais diferentes do plástico descartável, como o aço inoxidável na produção de canudos e copos, o incentivo à compra desses produtos e o uso reduzido do plástico. Com isso, a sociedade se tornará mais sustentável e terá seres mais saudáveis.