Enviada em: 15/06/2019

O documentário "Um oceano de plástico", disponível na plataforma Netflix, retrata de forma impactante a degradação do ambiente marinho causada pelo lixo. Esse retrato alarmante da obra não difere do que acontece no Brasil, onde o consumismo reforça a produção acentuada de resíduos com descarte nem sempre adequado. Diante desse quadro, cabe uma análise do papel do indivíduo e do Poder Público para possibilitar a implantação de ações sustentáveis.       Em primeiro plano, é possível associar a questão social dessa problemática ao consumo estimulado pela não durabilidade dos produtos, consoante a teoria da obra Modernidade Líquida, do sociólogo Zygmunt Bauman, em conjunto ao individualismo embasado pelo autor. Isso pode ser exemplificado por diversas práticas cotidianas que enaltecem o poderio de compra, contrapondo necessidade e prestígio, de modo que o consumidor pratica o ato de compra sem uma preocupação sustentável de que o produto seja realmente necessário.         Por outro lado, o órgão público demonstra, ainda de forma sutil, preocupação com o impacto ambiental da produção do lixo. A exemplo desse cuidado estão algumas medidas implantadas em alguns municípios brasileiros como proibir a distribuição de sacolas plásticas em supermercados e coibir o fornecimento de canudos descartáveis. Apesar de sustentáveis, essas ações ainda são de baixo impacto, necessitando maior disseminação e divulgação para abranger mais partes do país.            Portanto, cabe reforçar a ação conjunta do tecido social e do Estado para minimizar os impactos do consumismo na produção de lixo. Para isso, é importante que o Ministério do Meio Ambiente elabore campanhas de conscientização sobre sustentabilidade e as divulgue em meios de massa, como canais televisivos, publicidade em redes sociais e anúncios em vídeos do youtube, visando elaborar uma mensagem mais íntima e de maior acesso, além de estimular o consumo consciente. Assim, será possível educar o brasileiro a aderir hábitos sustentáveis.