Enviada em: 17/06/2019

Consoante o filósofo Jean Jacques Rousseau, “o homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado”. A partir dessa ideia, interfere-se que, apesar do ser humano possuir a liberdade de escolha, é, na atualidade, influenciado pelo capitalismo a consumir , e esse habito exagerado tem elevado o uso descarte de lixo, o Brasil por exemplo, é o quarto país que mais produz lixo, de acordo com o site G1. Resultado de uma população com uma lenta mentalidade social, além da falta de incentivos e programas governamentais.                       Em primeiro lugar, analisando mais profundamente o contexto brasileiro, percebe-se que a produção desenfreada de lixos no Brasil, manifesta-se quase indissociável à cultura, pois, segundo o sociólogo, Pierre Bourdieu, as estruturas sociais são internalizadas pelos indivíduos. De maneira análoga, a sociedade acha normal o excesso de plásticos nas embalagens, visto que, esses são mais em baratos do que outras biodegradáveis. No entanto, um copo de plástico, demora em média 450 anos para a decomposição, e esse descarte em longo prazo pode desencadear diversos prejuízos ambientais e sociais, como o aumento de doenças, e enchentes por causa de bueiros entupidos. Dessa forma, é preciso reverter esse cenário de consumo excessivo de lixos no país.                      Em segundo lugar, é importante salientar que a questão governamental e sua aplicação estejam entre as causas do problema. De acordo com Aristóteles, no livro “Ética e Nicômaco”, a política serve para garantir o equilíbrio entre os cidadãos, logo, verifica-se que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil. Tal fato se reflete no baixo incentivo para estimular as empresas em investir em pesquisas para embalagens biodegradáveis, ou troca de refil em caso de matérias de vidro. Medidas que melhoraria o cenário atual. De maneira oposta, em 2019, está em votação um projeto de Lei que protege prefeitos que ainda não acabaram com os lixões. Esse dado mostra, que as raízes implantadas na sociedade dificultam para a erradicação da problemática.                      Portanto, é dever do Estado, por meio do Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Ministério da educação e suas secretarias, a implementar um programa nacional escolar, que vise alertar os alunos, importância da redução do consumo de lixo, além de mostrar como separar para ter o descarte correto e adequado, o que deve ocorrer mediante o fornecimento de palestras e peças teatrais. Paralelamente, ONGs devem corroborar com o processo, com o fito de agir nas comunidades, a partir das distribuição de cartilhas que informe os perigos de lixões a céu aberto. Dessa forma, com base no equilíbrio proposto por Aristóteles, esse fato social será gradativamente minimizado no país.