Enviada em: 23/06/2019

Segundo o sociólogo Karl Marx, a desvalorização do mundo humano aumenta em proporção direta com a valorização do mundo das coisas. De maneira análoga, no Brasil, o consumismo já atinge altos níveis, vive-se uma era em que consumo e status caminham lado a lado e tem como produto o aumento na geração de lixo, que por sua vez prejudica os recursos naturais. Nesse aspecto, convém analisar as principais causas, consequências e possível medida para alterar esse quadro.       É evidente o fenômeno do consumismo nos dias de hoje, muitas vezes as pessoas compram um produto mais pelo status que ele pode oferecer do que pela real utilidade dele. Além disso, as empresas que produzem esses objetos são uma das causas do consumismo exacerbado existente, pois fazem seus produtos com pouca validade, ou seja, programam a obsolescência do material para que ele não dure muito e os clientes possam troca-los por uma versão mais recente. Um exemplo disso é a famosa marca de eletrônicos "Apple", que lançam novos modelos, no máximo a cada ano, as vezes chegam a lançar até dois por ano. Segundo pesquisa realizada pela Data Folha, cerca de 57% das pessoas que tem "Iphone", escolheram a marca por motivos de estar mais na moda e não por causa de sua funcionalidade. Desse modo, é possível perceber que o consumismo, muitas vezes, está ligado ao status, sendo inadmissível essa manipulação e massificação que as marcas fazem com a população.       Outrossim, as consequências dessa problemática são variadas, vão desde o aumento no lixo até à problemas mais graves, como a poluição e a propagação de doenças. Na biologia, o parasitismo é uma relação desarmônica em que um indivíduo prejudica o outro para se beneficiar. Analogamente, conforme o consumismo é alimentado, maior a geração de lixo e mais prejudicado é o planeta. É possível observar, nos dias de hoje, diversos problemas de saúde e naturais, que ocorrem por causa de entulhos que são despejados em locais inadequado. Esses entulhos tem relação direta com a sociedade consumista, afinal quanto mais se consome mais lixo é produzido. Segundo manchete do G1, no século XXI, o número de lixões no Brasil quase que duplicou em relação ao século passado. Com isso, percebe-se que o consumismo descontrolado é um dos maiores vilões da atualidade, já que pode afetar tanto o ser humano quanto a natureza, sendo inaceitável a passividade diante desse problema.       Concluí-se, portanto, que medidas urgem para amenizar o impasse. Desse modo, cabe ao Governo Federal, juntamente com o Ministério do Meio Ambiente, promoverem campanhas e palestras, por meio de pessoas engajadas no assunto, que serão passadas em escolas, universidades, empresas e na mídia televisiva, a fim de alertar e conscientizar a população acerca do problema do consumismo, além de preparar a geração futura. Somente assim, o mundo humano de Marx, não será desvalorizado.