Enviada em: 07/07/2019

A Revolução Industrial, no século XVIII, foi um período no qual houve o avanço tecnológico e, consequentemente, maior degradação ambiental diante da produção industrial e do aumento desenfreado do acúmulo de lixo na sociedade. Entretanto, na hodiernidade, com o processo de globalização marcado pelo consumo e sustentado pela indústria capitalista, a produção de lixo se intensificou devido ao consumo desenfreado, o descaso governamental e da sociedade civil. Com efeito, evidencia-se a necessidade de promover medidas preventivas aos problemas relacionados ao lixo.   A priori, é imperioso destacar que a visão mercadológica capitalista aumenta a dimensão da problemática. Isso porque proporciona uma necessidade artificial de consumir de modo exorbitante na população, visto que as empresas buscam majoritariamente a obtenção de lucro. Dessa forma, a produção de lixo se intensifica, principalmente nos centros urbanos, acarretada por uma "explosão demográfica". Segundo dados corroborados pelo Ibope Inteligência, em 2016, o Brasil gerou 78,3 milhões de toneladas de lixo urbano. Então, vale discutir a participação do capitalismo e do consumo no problema ambiental.  Nesse contexto, é imperativo pontuar que o problema do lixo deriva ainda da baixa atuação governamental e da sociedade civil. Sob tal ótica, o sociólogo Polonês Zygmunt Bauman criou o conceito de "Instituição Zumbi", no qual declara que algumas instituições deixaram de exercer sua função, incluindo o Estado. Por conseguinte, a insuficiência de políticas públicas relacionadas ao reaproveitamento e reciclagem dos materiais degradados, resulta em maiores impactos ambientais.  Portanto, é mister que o Estado tome providências para a amenização do quadro atual. Posto isso, concerne ao Estado, mediante o Ministério do Meio Ambiente para a devida mudança dos hábitos da população brasileira, criar programas de reciclagem e reaproveitamento do lixo, por meio do ampliamento das leis e deliberações com empresas privadas. Outrossim, é vital a discussão sobre consumo nas instituições de ensino com a finalidade de formar cidadãos críticos. Somente assim, será possível mudar o quadro atual e os hábitos de degradação ambiental advindos da Revolução Industrial.