Infelizmente, o destino da maior parte do lixo produzido no Brasil não é o mais adequado, existem muitos lixões e pouca coleta seletiva. Além disso, existe o consumo exagerado, fruto da sociedade capitalista, onde as empresas visam o lucro e os consumidores o conforto. A junção da sociedade de consumo com o descaso no destino do lixo acarreta graves problemas socioeconômicos e ambientais. Primeiramente, é pertinente retratar a grandiosidade do problema da existência de lixões. À exemplo disso, tem-se o Lixão de Gramacho, localizado na cidade de Duque de Caxias - RJ. O lugar já foi considerado o maior lixão da América Latina e fica a poucos quilômetros do centro do estado. Nesse local, os resíduos descartados pela população são despejados e catadores atuam na separação do lixo reciclável. No entanto, o local é inadequado, o que leva a poluição do solo e de água subterrâneas, além de propagar doenças, por causa dos animais e insetos que se alimentam dos restos de comida. Ademais, sabe-se que o volume gigantesco de matéria descartada nos centros urbanos se deve ao consumo desacerbado e sem preocupações ambientais. Os efeitos do excesso são tão amplos que, segundo o Fórum Econômico Mundial de Davos, em 2050 os oceanos terão mais plástico que peixes. Porém, tal atrocidade poderia ser evitada simplesmente pela redução do uso e compra de produtos descartáveis, assim como pela reciclagem. Portanto, é vista a necessidade de intervenção Estatal, pois os detritos precisam ser separados e a matéria orgânica deve ser descartada sempre em aterros sanitários. Para que isso ocorra, é preciso que uma lei federal seja criada, essa lei deve tornar obrigatória a coleta seletiva, assim como instituir multas para os municípios que tiverem lixões em funcionamento. Da mesma forma, é primordial o incentivo a reciclagem. Por isso, as empresas que usarem material reciclado têm de serem contempladas com diminuição dos impostos. Logo, ao aumentar a reciclagem e garantir um destino correto dos resíduos urbanos, a natureza será preservada, assim como a saúde daqueles que hoje vivem próximos aos lixões..