Enviada em: 14/07/2019

A Revolução Industrial atrelada à ascensão do Capitalismo modificou as relações de consumo em escala mundial. Nesse cenário, caracterizado por Zygmunt Bauman como “modernidade líquida”, os produtos são rapidamente descartados e substituídos. Assim, tendo em vista as consequências socais e ambientais do consumismo desenfreado, vemos a necessidade de medidas que interfiram nessa realidade.            É importante ressaltar que, segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Defesa do Consumidor, muitos fornecedores utilizam estratégias para fomentar as vendas, como a rápida perda da funcionalidade do produto, o alto custo de manutenção e a incompatibilidade do sistema operacional. Desse modo, a obsolescência programada é um empecilho, pois compromete a renda mensal da população que é induzida a continuar investindo financeiramente em produtos programados para durarem cada vez menos, a fim de serem novamente substituídos.         Além disso, o dispêndio imoderado provoca graves impactos ambientais. Haja vista que os recursos naturais são finitos e a sua constante retirada como matéria-prima para a produção pode causar a exaustão. Ademais, de acordo com o IBGE, grande parte das mercadorias descartadas não são recicladas. Destarte, o lixo pode aumentar a poluição do solo, dos lençóis freáticos e do ar atmosférico. Dessa forma, há um prejuízo para a saúde humana.         Portanto, para reduzir a descartabilidade dos bens de consumo, é necessário que haja uma educação ecossistêmica desde a infância. Logo, o Governo irá implementar no projeto político pedagógico das escolas, em âmbito nacional, medidas que auxiliem o aluno a desenvolver a sustentabilidade. Para tanto, haverá uma integração multidisciplinar. Nessa instância, a aula de biologia irá explanar sobre os efeitos nocivos do consumismo para a natureza. Em conformidade, a disciplina de química abordará a respeito das reações químicas geradas pelo lixo. Em concomitância, o professor de sociologia irá discutir sobre as crenças sociais envoltas no ato do consumo e sua relação ao longo do tempo. À vista disso, espera-se que a sociedade aprimore os hábitos que ajudam na conservação da natureza, de modo que os recursos ambientais sejam utilizados de forma consciente, colaborando para o equilíbrio da biodiversidade.