Enviada em: 01/08/2019

No filme "Os delírios de consumo de Becky Bloom", a protagonista é compulsiva por compras, ficando submetida à dependência desse ciclo consumidor, o qual nunca é abastado. Fora das telas, o consumismo desenfreado também se faz presente em meio a população brasileira e traz consequências preocupantes para o país, tais como o excesso de lixo produzido e a escassez dos recursos naturais. Nessa conjuntura, observa-se uma ineficiência estatal perante a questão, junto de uma inoperância da sociedade civil, fatores que contribuem para o agravamento do problema. Logo, medidas são necessárias para se estabelecer o consumo consciente e o descarte adequado do lixo.   De início, vale mencionar que o consumismo desenfreado juntamente com a obsolescência programada são fatores contribuintes para atenuar a incidência dessa problemática. Isso porque, a ausência de consciência das pessoas sobre o prejuízo que o consumo excessivo de novos produtos traz para a sociedade, ligado a curta duração desses,  resulta na busca contínua por novos objetos, a qual nunca é satisfeita. Por conseguinte, a insatisfação mencionada, leva ao descarte prematuro e muitas vezes inadequado desses itens, o Brasil, por exemplo, produz em média 387 quilos de resíduos por habitante ao ano e apenas 40% do lixo vai para local adequado, gerando assim, prejuízos na saúde das pessoas ao entrarem em contato com os diversos tipos de contaminações, e no ambiente natural. Dessa forma, é possível observar a necessidade da sociedade brasileira aderir a uma conduta de consumo consciente e sustentável.     Além disso, é importante destacar a negligência atual do Estado perante a questão, uma vez que esse é responsável por garantir a destinação correta dos resíduos sólidos urbanos. Nesse viés, quando não há essa preocupação no descarte adequado, o excesso de lixo se torna um fator prejudicial à saúde pública e danoso ao meio ambiente, uma vez que  a saúde é um direito positivado na Constituição Federal, e é dever do Estado garanti-la a sociedade. Assim, é nítida a falta de engajamento do Estado acerca do cuidado nesse descarte correto, um elemento básico que merece atuação efetiva através de políticas públicas.      Logo, em virtude do que foi mencionado, se faz necessária a realização de medidas  para  amenizar os problemas em questão. Em razão disso, é importante que as instituições governamentais juntamente com o Ministério da Educação ofereça uma educação ambiental e financeira a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente e diminuindo os hábitos de consumo excessivo. Além disso, o Estado deve cumprir o que garante a Constituição realizando o descarte correto do lixo, e assim aliviar a problemática.